Acredito no sol limpo que nasce no outro dia depois de uma noite de tempestade.
Acredito que poderemos sempre ser felizes.
De um modo simples.
Acredito que posso continuar a ver o mundo com estes olhos de criança encantada com cada nova manha que desponta no horizonte. Acredito que posso continuar sempre a sentir o prazer das pequenas coisas banais como se elas fossem novidades nunca antes encontradas...
Acredito que nada nos deve separar do nosso coração, que quando deixarmos que ele deixe de mandar a vida perde-se, nós perdemo-nos neste mundo dos homens, de carros barulhentos, de cidades de betão de massas que se movimentam controladas.
Deixamos de ser nós indivíduos, essência, alma, e passamos a ser só mais um autómato perdido pelas tarefas da vida, daquela vida pré-fabricada, ordenada, destinada a ser daquela mesma forma desde o primeiro dia.
Quero ouvir cada vez mais o meu coração, e ele diz-me que ame e que me deixe ser amada. Diz-me que ame agora o que vou amar sempre, diz-me que devo ser uma criança para sempre apaixonada, cada dia de novo espantada e deslumbrada pela aquela pessoa que vejo sempre, mas que ao abrir os olhos a cada manha é como se visse pela primeira vez, e pela primeira vez sorrisse perante a possibilidade, perante a fantasia do que poderia ser…… E pela primeira vez a vida se revelasse em imagens instantâneas do quotidiano, de nós mesmos. Daquilo que fomos, daquilo que podemos ser, em consciência, daquilo que somos já.
Sem comentários:
Enviar um comentário