segunda-feira, fevereiro 12, 2007



Acredito no sol limpo que nasce no outro dia depois de uma noite de tempestade.
Acredito que poderemos sempre ser felizes.
De um modo simples.
Acredito que posso continuar a ver o mundo com estes olhos de criança encantada com cada nova manha que desponta no horizonte. Acredito que posso continuar sempre a sentir o prazer das pequenas coisas banais como se elas fossem novidades nunca antes encontradas...
Acredito que nada nos deve separar do nosso coração, que quando deixarmos que ele deixe de mandar a vida perde-se, nós perdemo-nos neste mundo dos homens, de carros barulhentos, de cidades de betão de massas que se movimentam controladas.
Deixamos de ser nós indivíduos, essência, alma, e passamos a ser só mais um autómato perdido pelas tarefas da vida, daquela vida pré-fabricada, ordenada, destinada a ser daquela mesma forma desde o primeiro dia.
Quero ouvir cada vez mais o meu coração, e ele diz-me que ame e que me deixe ser amada. Diz-me que ame agora o que vou amar sempre, diz-me que devo ser uma criança para sempre apaixonada, cada dia de novo espantada e deslumbrada pela aquela pessoa que vejo sempre, mas que ao abrir os olhos a cada manha é como se visse pela primeira vez, e pela primeira vez sorrisse perante a possibilidade, perante a fantasia do que poderia ser…… E pela primeira vez a vida se revelasse em imagens instantâneas do quotidiano, de nós mesmos. Daquilo que fomos, daquilo que podemos ser, em consciência, daquilo que somos já.

Sem comentários: