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Sabe-se que ao fim do dia ficaremos livres, que os próximos dois dias serão utilizados como nos apetecer, simplesmente livres…
Hoje sexta-feira sinto-me leve, esperam-me ainda algumas horas de solidão a percorrer o asfalto, mas hoje é diferente.
A hora mudou e eu poderei ainda ver o pôr-do-sol sobre a planície ainda verdejante do Alentejo…
Poderei ainda abrir a janela do carro e apreciar o vento fresco cheio de cheiros a erva fresca, a mato, ao pôr-do-sol ainda frágil por entre as nuvens mas que lembra as cores de um Verão já anunciado.
E depois, já noite ainda a quilómetros de distância anuncia-se, pintalgada de luzes no sopé, a Serra de São Mamede, para mim, ainda a quilómetros é como se estivesse já em Portalegre. È como se estivesse já a abrir a porta de casa.
Aí o meu espírito abranda, a velocidade do carro diminui e eu vou ao sabor do vento, embalada por um sorriso, com a certeza absoluta que estou no sitio onde devia estar, um sentimento de paz enorme atinge-me…
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