Iniciou-se com uma belíssima viagem de comboio rumo ao sul. È impressionante quanto mais nos afastamos de Lisboa mais vazio vai ficando o horizonte, chega a pontos em que o único sinal de civilização são aqueles carris pelos quais o comboio desliza.
Depois chega-se ao tão esperado Algarve.
Não me seduz muito nunca o fez. Há qualquer coisa, uma emergência no ar, um não sei o que de artificial nas paisagens, uma obrigação de se estar em férias, um nervosismo eminente, não sei, faz-me sempre sentir deslocada.
Depois todo aquele casario nascido como que cogumelos pelas encostas, cada uma mais pensada que a outra, mais imponente, mais completa e no entanto no seu conjunto não jogam umas com as outras, parece simplesmente que uma rabanada de vento passou e semeou aqui e ali sementes diferentes e nasceram resorts, moradias, apartamentos, albergues de 5ª misturados com hotéis de 1ª, uma mistura aflitiva.
Depois é tudo estupidamente caro, da mais simples garrafa de água, passando pelo comer e pelas necessidades mais simples do dia-a-dia. De repente parece que ao chegar-se a Albufeira se passou uma fronteira e estamos noutro pais, e neste país vivesse bem!
As praias são boas, mas por mais que me esforce não consigo achar piada em partilhar o meu dia de praia com uma multidão de estranhos que aproveitam a sombra do meu chapéu de tão próximo que estenderam as suas toalhas.
È demasiada tradução em inglês espalhada pelas ruas, demasiada vontade de agradar aos turistas querendo ser como eles, trazendo a casa deles, a comida deles, tudo deles para as praias de Portugal. Um inglês que passe as férias em Albufeira sentir-se-á completamente em casa. Mas não leva de Portugal nada que seja nosso, nem uma palavra e se não estiver para ai voltado nem um prato de comida tradicional, nada, nem a cerveja, que o que não falta em Albufeira são cafés de Ingleses feitos para ingleses.
Depois chega-se ao tão esperado Algarve.
Não me seduz muito nunca o fez. Há qualquer coisa, uma emergência no ar, um não sei o que de artificial nas paisagens, uma obrigação de se estar em férias, um nervosismo eminente, não sei, faz-me sempre sentir deslocada.
Depois todo aquele casario nascido como que cogumelos pelas encostas, cada uma mais pensada que a outra, mais imponente, mais completa e no entanto no seu conjunto não jogam umas com as outras, parece simplesmente que uma rabanada de vento passou e semeou aqui e ali sementes diferentes e nasceram resorts, moradias, apartamentos, albergues de 5ª misturados com hotéis de 1ª, uma mistura aflitiva.
Depois é tudo estupidamente caro, da mais simples garrafa de água, passando pelo comer e pelas necessidades mais simples do dia-a-dia. De repente parece que ao chegar-se a Albufeira se passou uma fronteira e estamos noutro pais, e neste país vivesse bem!
As praias são boas, mas por mais que me esforce não consigo achar piada em partilhar o meu dia de praia com uma multidão de estranhos que aproveitam a sombra do meu chapéu de tão próximo que estenderam as suas toalhas.
È demasiada tradução em inglês espalhada pelas ruas, demasiada vontade de agradar aos turistas querendo ser como eles, trazendo a casa deles, a comida deles, tudo deles para as praias de Portugal. Um inglês que passe as férias em Albufeira sentir-se-á completamente em casa. Mas não leva de Portugal nada que seja nosso, nem uma palavra e se não estiver para ai voltado nem um prato de comida tradicional, nada, nem a cerveja, que o que não falta em Albufeira são cafés de Ingleses feitos para ingleses.
Apenas uma única coisa me faz ir até lá abaixo, o parque de campismo de Albufeira é bastante bom e a família gosta de todos os anos dar lá um pequeno saltinho. Só vou mesmo por eles… Que isto de ir de férias para se vir de lá ainda mais cansado! E sem nada de novo…
P.S.No entanto não posso deixar de dizer que apanhei um fim-de-semana maravilhoso e que fiz dois dias de praia excelentes (mesmo com os senhores que chegaram depois de nós, a jogarem ás cartas debaixo da sombra da nossa sombrinha, que culpa tem os senhores do sol ter virado não é!)
Sem comentários:
Enviar um comentário