Custam a passar estes dias, em que ainda estou aqui mas com a cabeça já completamente noutro lugar.
Custa a iminente falta de planos para o dia a dia, porque a maior parte das coisas já não vale a pena, não vai ter continuidade, custa porque esta sensação de que o tempo estagnou só para me chatear não me larga.
Custa a iminente falta de planos para o dia a dia, porque a maior parte das coisas já não vale a pena, não vai ter continuidade, custa porque esta sensação de que o tempo estagnou só para me chatear não me larga.
Custa porque não tenho nada para fazer no trabalho, como vou abandonar o posto no final da semana que vem, estou neste momento a fazer apenas numero, porque não posso dar continuidade a nada que comece e por isso nem vale a pena começar, não me importo, só que assim o tempo demora mais a passar…
Queria mesmo já estar em casa.
Mas estando já tão perto a hora da partida aproxima-se também a hora daqueles sentimentos estranhos de abandono dos problemas, da não resolução de assuntos, das saudades antecipadas de pessoas e locais, que por mais que não sejam do nosso agrado fazem parte do quotidiano, são diários.
Depois vem aquela sensação de que deixamos um monte de coisas por fazer, de sítios para ir, não é que me vá mudar para outro país, mas é estranho…
O início de Outono é sempre estranho, fico sempre assim, numa nostalgia pegada. Sinto cá dentro a minha alma a mudar com a estação. E gosto, gosto do Outono, destes dourados pelos campos, destas cores terra fortes, das primeiras brisas frescas, das chuvadas ao final da tarde, das trovoadas a ecoarem pelos céus…
Só não gosto do frio que vêm a seguir…
Só queria que o tempo deixasse de me fintar e passasse, normalmente, sem que eu o sentisse…
Sempre o tempo, raio do tempo que não há meio de me agradar…
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