terça-feira, janeiro 15, 2008

Sala de Cinema III - American Gangster



Seriam mesmo assim os loucos anos 60?
As pessoas acotovelavam-se pelas ruas em puro êxtase, inebriados pelas doses de heroína que se vendiam na esquina por uns tostões?
Seria assim tão simples ser-se simplesmente agarrado e viver à margem da lei embalado em ondas de Jazz e do emergente Rock n’ roll?
Não é disto que nos fala o filme, mas é esta a sua envolvente, o seu cenário. Os clubes “Fashion” de Jazz e Funk e as ruas sujas do Harlem.

Conta-nos a ascensão e queda de um homem, que com o tempo se torna poderoso, mas que já antes era destemido.
Que é frio e consequente, que sabia que num mundo de brancos, na sua época, pouco lhe restava além de viver na sombra de forças corruptas, de antigas máfias instaladas e da lei obscura das ruas.
Frank Lucas empreende o sonho americano.

Rossel Crow é um detective aspirante a advogado que fez o impensável num mundo em que a corrupção dentro das forças policiais era uma banalidade. Não se deixou subornar.
Det. Richie Roberts vive no limbo entre a sua carreira e a família há muito perdida entre infidelidades e ausências.
Quer ser advogado, mas tem medo de falar em publico.
Tem um ar seboso e desleixado, mas está nas suas mãos fazer a limpeza necessária a restabelecer a ordem natural das coisas.

Ao início o filme parecia um bocado perdido, a narrativa estava um pouco fragmentada, mas com o passar dos minutos a trama ganha consistência e acaba por ser um excelente filme.
Um excelente filme que tem também uma excelente banda sonora!

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