quarta-feira, janeiro 30, 2008

Sala de Cinema IV- Control



É um retrato a negro, assim como negra era a aura de Ian Curtis.
Quantas dúvidas e fantasmas e confusões existiriam dentro de si para que a vida deixasse de ter forma, para que o facto de existir deixasse de ser algo que não se sente, algo que simplesmente está ali.
Afinal, é mesmo necessário ser-se assombrado para se criar formas de arte superiores?
Não sendo um filme genial (quanto a mim!) é, sem duvida, uma biografia clara, simples e directa áquilo que nos interessa compreender o percurso entre o jovem pacato e saudável que escrevia umas coisas engraçadas nos subúrbios cinzentos de uma cidade Inglesa até ao estado de conflito interior, potencialmente suicida, provocado por uma doença na altura ainda incompreendida e por uma ascensão artística sufocante.

Por vezes, caminhamos num sentido e tentamos alcançar algo, a nossa vida intensifica-se e torna-se complexa.
Por vezes, quando lá chegamos, compreendemos que éramos bem mais felizes lá atrás…
Nem sempre os nossos sonhos são bons, existe sempre outro lado…

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