Há dias assim... (IV)

Há dias assim.
Em que as cores da vida são baças e se esbatem ao olhar.
Em que do fácil nós fazemos difícil e do horizonte barreiras que não nos deixam passar.
E olhamos o mundo à nossa volta. Nós, enquanto centro gravitacional de todas essas situações. Nós, suportando o peso de todas as outras vidas, que mudam e que sofrem constantemente sobre o nosso olhar.

E nós aqui soberanos observadores. Tristes receptores de noticias que juntamos aos nossos pequenos porquês e transformamos neste cocktail de sentimentos. Nesta angustia não identificada, neste sentimento agoniante que é estar triste sem saber bem porque.