segunda-feira, março 29, 2010

Há dias que simplesmente não acabam. Por mais que nos doa o corpo da noite mal dormida e o estômago se contorça nas ondas de uma ansiedade desnecessária.
Por mais que a meta esteja definida no tique-taque do relógio e o fim seja anunciado, o dia simplesmente não acaba, arrasta-se nas horas, nos minutos sentidos na pele como arrepios provocados pela aragem fria.

E saem-nos da boca frases feitas e com efeito estudado anteriormente, enquanto aguardamos que a nossa missão fique completa e nos seja permitida a recompensa da solidão.

O silêncio de um quarto escuro, o conforto de uns lençóis de inverno, a certeza porém, de que por vezes nem sós estamos bem...

Há coisas que deviam ficar mais fáceis com o tempo... mas estão a ficar cada vez mais pesadas.

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