O sábado foi passado na Sociedade Harmonia Eborense que é um sítio delicioso. São os tectos altos e pintados de um antigo palácio e as portas de madeira das salas que não acabam naquele jogo labiríntico de corredores. O fumo de tabaco que se espalha por entre a meia-luz dos espaços e toda aquela cena "indie" que é a mescla de pessoas de "tribos" diferentes misturadas por entre mobiliário decadente e garrafas de cerveja. Parece que ali pode acontecer tudo, ou que pelos menos, nos tempos idos tudo há de ter acontecido. Mas como o tempo não volta para trás, sobraram as paredes cheias de histórias e os lamentos daqueles que dizem que "isto já não é o que era...". Para quem entra pela primeira vez, o espaço é cativante desde o primeiro momento, basta por o pé nas escadas de baile de Cinderela e subir ao primeiro andar com os olhos fixos no tecto.
Mas a viagem tinha outro sentido ver e ouvir Laura Gibson. Valeu a viagem pela boa disposição e a boa vontade com que tocou para nós, ela a sua guitarra e o músico que lhe faz companhia na estrada. Fica um excerto do concerto, uma das partes em que fomos coro entusiasmado das suas músicas ternas, algumas quase de embalar...
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