A Consciência súbita da responsabilidade partilhada sobre o futuro da NOSSA CASA
Filmes arauto da catástrofe há muitos.
Outros tantos já foram feitos sobre a beleza natural do nosso mundo. Desde a grandeza desolada do Gran Canyon, ao verde exuberante da Amazónia, passando pelo azul profundo dos mares do pacifico, não esquecendo a serenidade branca das calotes polares.
Conseguimos identificar todos esses lugares com um olhar, apesar de nunca lá termos estado. E talvez por isso eles sejam só sítios longínquos, que visitamos nos nossos sonhos. Mas porque estão longe, não os sentimos pulsar, não os vemos in loco a gritar a alarmante situação do nosso planeta.
Sentimos talvez as diferenças subtis nas estações, ou vemos a água a escassear em lugares onde antes era abundante. Sentimos a instabilidade da economia, o preço alto dos combustíveis e vemos, no conforto das nossas quatro paredes, a TV que debita os furacões, as inundações ou as terríveis secas que vão acontecendo do outro lado do mundo. Não vemos para além disso. Não prevemos, e genericamente, achamos que poderemos escapar mais ou menos ilesos. Que na nossa curta vida, tudo se manterá mais ou menos igual. Por isso vivemos também de forma igual. "Business as usual". Em todos os pontos da nossa existência.
Porquê?
Não temos realmente falta de informação, ninguém se pode desculpar com o facto de nunca ter sido confrontado com esta realidade.
Sentimos sim, essa sensação avassaladora de impotência. Como posso eu afinal fazer algo contra a evidente força da natureza? Como pode a minha minúscula horta no terraço contribuir para algo tão grande? Como pode de algum modo a minha atitude contra os sacos de plástico fazer qualquer diferença se o resto do mundo contínua simplesmente a consumir?
Por isso é que é tão importante ver filmes como este. Que nos mostram o que de mais belo e remoto existe no nosso mundo. Que nos asseguram que o mundo é a nossa casa. E que nos explicam o que está a acontecer. Mas mais que isso, terminam de forma esperançosa, apontando-nos o dedo. Afinal, a minha insignificância pode ser só uma gota de água no oceano. Mas o oceano é isso mesmo, um grande conjunto de gotas de água.
“Home” começou por ser uma grande depressão e terminou assim, com uma vontade reforçada de investir numa nova maneira de estar perante o mundo. Com passos pequenos, com pequenas vitorias dia após dia, também eu quero tornar a minha vida cada vez mais resiliente.
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