"Correr
de noite, tornou-se assim numa experiência sem paralelo. De noite o
silêncio da cidade é ritmado pela nossa respiração e
apenas perturbado pelos latidos longínquos de uma qualquer
matilha invisível de cães.
De noites os
espaços são amplos, vazios.
As estradas
são largas, as sombras longas, as estrelas luzes.
A brisa é
fresca... as pessoas apenas vultos, a imaginação livre.
A cidade
pulsa apenas ao nosso ritmo, a cada passada sonoramente dada sobre o alcatrão.
De noite
acharam todos que somos ainda mais loucos, perdidos, algum tipo de assombração
galopante.
Ainda que não
haja a energia do sol, a sinceridade do dia, correr de noite é um mundo oculto
de coisas a descobrir.
Mais
que física, uma experiência sensorial."
1 comentário:
Lindo.
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