sábado, outubro 20, 2012

007 - O fascinio



Lembro-me de no inicio da adolescência passar longas tardes de fim-de-semana a ver filmes da saga 007. Lembro-me de os ver vezes sem conta, em sessões da tarde repetidas ano após ano pelo recém aberto canal privado, a SIC.

Lembro-me que pouco mais havia para fazer.

Lembro-me de brincar com uma prima aos espiões, de fazermos documentos fingidos em que eu sempre me chamava Tantiana Romanova uma personagem do From Russia With Love.

Lembro-me de sempre me lembrar destes filmes. De serem parte do meu imaginário cinematográfico, do Bond ser o meu galã, muitos antes do cinema Noir e do Bogart não deixar espaço para ninguém (desculpa lá Robert Mitchum).

Tenho e li o Casino Royal do Ian Fleming. Discutimos entre amigos sobe a melhor musica, o melhor actor e vamos desmontando 5 décadas de fascínio.


Não será o melhor que o cinema fez, mas será talvez o fascínio mais prolongado, aquele que superou as mudanças de protagonista, as evoluções tecnológicas, o maravilhoso mundo novo.


Talvez porque 007 sempre foi à frente do seu tempo. Sempre nos mostrou possibilidades. E depois, quem não gosta de um vilão dúbio, que é bom mas mau. Que ama e que mata, que usa e seduz, mas que no fim salva sempre o mundo?


Bond, James Bond, foi tudo em 5 décadas, só não poderia ser um herói do Noir.

Porque não há um Homme Fatal

Ou terá sido ele enganado por uma Femme Falale no Casino Royal?




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