quinta-feira, agosto 06, 2015

As ondas...


Mergulhar nessa parede de água violenta
no liquido primordial, não ter peso
o coração batendo de forma lenta
soltando na mente tudo em que penso

E por momentos essa aflição
a extinção da vida na falta de ar
o abandono, a lentidão
a paz do silêncio no mar

As ondas crescendo da caricia
até à violência, batendo
no nosso corpo frágil e sem malicia
que com gozo ao perigo vai cedendo

As ondas brilhando ao sol
pratas, brancos, ouro nas areias
e o corpo batido, como que fugindo do anzol
perde-se no azul, onde não há coisas feias

E nas ondas, nessa falta de ar
o coração agora batendo com aflição
morre-se e nasce-se...essa sensação...
rolando na maré com ânsia de respirar.




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