sexta-feira, novembro 24, 2006

Um azar nunca vem só...


Não bastava já estar a chover torrencialmente, serem quase nove e meia da noite, e eu já ter muitas horas de movimento nas perninhas, avaria-se o carro bem ali ao pé da gare do Oriente.
Chovia tanto que quase não conseguia ouvir o senhor da assistência em viagem no telemóvel…
Quatro dias em Lisboa e o meu velhinho chaço não se aguentou! Será possível que as coisas não me podem correr simplesmente bem?!
Quando eu começo a ver o ponteiro do gasóleo a baixar drasticamente, seguido de uma apagão total do sistema eléctrico encostei antes que entrasse em vias mais complicadas.
E ali fiquei eu, dentro do carro, a ouvir chover e a ver os outros passarem enquanto não chegava o reboque.
Chorei de raiva. Porque sabia que hoje o dia ia ser muito complicado, porque eu estava tão ansiosa por ir hoje de novo para Portalegre, queria tanto, ansiei isso toda a semana e agora estou presa aqui. Estou presa aqui, com um carro empanado para arranjar, e ainda por cima lá tenho de ir dar satisfações à entidade paternal que anda muito pouco satisfeita comigo.
Há pouco mais de uma semana eu estava quentinha na minha cama, brincava com a mia, olhava pela janela a ver chover e sorria… estava feliz.
Agora é só problemas, transito, solidão e muita, muita saudade de tudo o que lá está…
Ninguém disse que ia ser fácil, e não está a ser!

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