Luzes, câmaras, acção. Carros que passam, que param, arrancam, apitam.
Esta sensação de urgência, este corre de um lado para o outro, este estar-se sempre na eminência de algo.
O tempo que passa depressa, passa devagar, não passa. Estagna. Nunca o faz ao nosso ritmo.
O jornal que só trás notícias horríveis, a estrada entupida, a caixa cheia, o provador a abarrotar, as pessoas que passeiam cheias de calmas e nos impedem de passar, este stress, esta coisa de que o tempo nunca vai chegar.
E depois estas saudades de passear sobre as pedras da calçada molhada, com meia-luz de madrugada, com todo o tempo do mundo como se o dia não fosse raiar nunca.
Estas saudades de abrir a janela pela manhã e deixar entrar o sol, o vento e ficar simplesmente a olhar a rua, ainda com os olhos entreabertos, sem pressas, sem urgências, sem mais nada senão todo o tempo do mundo para ali ficar.
Esta confusão de vida que não acalma. Sinto-me uma estrangeira dentro de mim, como se não conhecesse os meus lugares, as minhas rotinas, os meus tempos mortos de reflexão. Como se não reconhecesse mais a mim mesma. Não tenho tempo para
pensar-me.
E depois sucedem-se coisas atrás umas das outras, os dias nascem atrás uns dos outros.
Sinto falta…
Sinto falta de tanta coisa…
Tenho tantas coisas novas, sinto falta de tantas coisas na mesma.
Parece que vai ser sempre assim, vai-me faltar sempre algo indefinidamente.
Sempre assim foi….
Esta sensação de urgência, este corre de um lado para o outro, este estar-se sempre na eminência de algo.
O tempo que passa depressa, passa devagar, não passa. Estagna. Nunca o faz ao nosso ritmo.
O jornal que só trás notícias horríveis, a estrada entupida, a caixa cheia, o provador a abarrotar, as pessoas que passeiam cheias de calmas e nos impedem de passar, este stress, esta coisa de que o tempo nunca vai chegar.
E depois estas saudades de passear sobre as pedras da calçada molhada, com meia-luz de madrugada, com todo o tempo do mundo como se o dia não fosse raiar nunca.
Estas saudades de abrir a janela pela manhã e deixar entrar o sol, o vento e ficar simplesmente a olhar a rua, ainda com os olhos entreabertos, sem pressas, sem urgências, sem mais nada senão todo o tempo do mundo para ali ficar.
Esta confusão de vida que não acalma. Sinto-me uma estrangeira dentro de mim, como se não conhecesse os meus lugares, as minhas rotinas, os meus tempos mortos de reflexão. Como se não reconhecesse mais a mim mesma. Não tenho tempo para
pensar-me.
E depois sucedem-se coisas atrás umas das outras, os dias nascem atrás uns dos outros.
Sinto falta…
Sinto falta de tanta coisa…
Tenho tantas coisas novas, sinto falta de tantas coisas na mesma.
Parece que vai ser sempre assim, vai-me faltar sempre algo indefinidamente.
Sempre assim foi….
1 comentário:
É difícil apontar as vezes em que reconheci a mim mesmo, com convicção. Suspeitamos, sempre em dúvida - raramente estamos seguros do que somos. Beijo!
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