Passa uma velhinha… Segue-se o cego com as lengalengas, pedem esmola de caixinha em riste por entre os solavancos do metro.
Encolho-me no meu lugar, olho em volta. Vejo olhares vagos, pessoas que olham para o lado como se ao ignorarem a pobreza deixasse de estar ali.
Revejo nos olhos dos outros a minha vergonha, a vergonha do mundo por ignorar.
Vejo a culpa sentida por todos, vejo a inércia, vejo a redoma que se cria entre os mundos, de um lado estações brilhantes, novas. Do outro estações porcas, escuras cheias de escoria.
Não podemos mudar o mundo, mas não seria um gesto de generosidade um começo?
Não seria esse gesto só mais uma maneira de tirar dos nossos ombros um pouco da culpa…. No fundo sabemos que esse gesto é vão. Encolhemo-nos no lugar, fingimos que não vemos, ignoramos, entramos no nosso mundo dourado. Era preciso muito mais que uma esmola para mudar isso, era preciso mudar o mundo...
Encolho-me no meu lugar, olho em volta. Vejo olhares vagos, pessoas que olham para o lado como se ao ignorarem a pobreza deixasse de estar ali.
Revejo nos olhos dos outros a minha vergonha, a vergonha do mundo por ignorar.
Vejo a culpa sentida por todos, vejo a inércia, vejo a redoma que se cria entre os mundos, de um lado estações brilhantes, novas. Do outro estações porcas, escuras cheias de escoria.
Não podemos mudar o mundo, mas não seria um gesto de generosidade um começo?
Não seria esse gesto só mais uma maneira de tirar dos nossos ombros um pouco da culpa…. No fundo sabemos que esse gesto é vão. Encolhemo-nos no lugar, fingimos que não vemos, ignoramos, entramos no nosso mundo dourado. Era preciso muito mais que uma esmola para mudar isso, era preciso mudar o mundo...
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