quarta-feira, julho 25, 2007

"O amor em tempos de cólera" II

Talvez a história de amor mais bonita que li. Mais pura, mais terna.
Uma consciência tão grande de que há sentimentos que podem perdurar toda uma vida e que nem a velhice, nem o corpo descaído, nem os tédios e os terrores do tempo a passar podem mudar aquilo que de mais verdadeiro existe dentro de uma pessoa.
Pensarei eu a vida da mesma forma quando chegar aos oitenta anos? Poderei eu aos oitenta anos viver a plenitude dos sentimentos que aos dezoito são afoitos, passageiros e incertos? Poderemos todos nós chegar ao fim da vida e ainda ter tempo para corrigir os enormes erros de julgamento que fomos fazendo e que nos foram conduzindo para um direcção ou outra?
È inesperado. Nunca saberemos se vamos lá chegar, mas ao fechar este livro, ao ler a ultima frase, fechei os olhos e fiquei por estantes a apreciar a bela sensação de esperança que me deixou.
A esperança de que estamos sempre a tempo de começar a viver…
Dá menos medo ver o tempo a passar assim, se acreditarmos que há sempre tempo para recuperar as oportunidades perdidas…
Dá menos medo ver que afinal existe, esse sentimento existe e pode durar uma vida…

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