Laura (1944) de Otto Preminger
"Laura (1944) is one of the most stylish, elegant, moody, and witty classic film noirs ever made with an ensemble cast of characters."
Pagos a Dobrar (Double Indemnity) de 1944 de Billy Wilder
Pagos a Dobrar (Double Indemnity) de 1944 de Billy Wilder
«Conspiração e traição, amor e sexo, homicídio e o crime perfeito - são tudo elementos-chave do Film Noir, todos fazem parte do enredo de Pagos a Dobrar.»
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«O tom fatalista de Pagos a Dobrar, a subtil sensação de mal-estar que tanto impressionou os críticos franceses em 1946, deve-se tanto às actuações naturais e ásperas como ao estilo visual. Certamente que o abraço mortal final entre Neff e Phyllis na sala de visitas não seria o mesmo se a iluminação fosse outra que não as tiras de luz que passavam atraves da persiana. Mas a presença dos actores no ecrâ é o que influência o momento. Não tendo conseguido concretizar o crime perfeito, Neff e Phyllis sofrem o destino vacticinado pelo seu mentor Keyes:
"O homicídio nunca é perfeito. Mais cedo ou mais tarde é descoberto. Quando estão duas pessoas envolvidas, é geralmente mais cedo… E não é como irem juntos numa viagem de trólei onde podem sair em várias paragens. Estão presos um ao outro e têm de seguir viagem até ao fim da linha e é uma viagem só de ida e a última paragem é o cemitério"»
in Film Noir de Alain Silver & James Ursini / Paul Duncan (Ed.) editado pela Taschen
Quanto mais filmes Noir vejo, mais apaixonada fico pela atmosfera que os envolve, pelas histórias “negras” contadas em tons de cinzento.
Pelas actrizes e actores dos anos 40 e 50, pelos jogos de luz e contra-luz, pelas subtilezas da moralidade da época que mesmo assim deixaram passar algumas insinuações tão ou mais sensuais do que aquilo que hoje podemos ver sem censura.
Existe um crime que se espera perfeito. Por vezes existe o detective privado, o policial ou o curioso. Existe uma mulher e uma personagem que tenta espoliar os seus fantasmas através da resolução do problema.
As personagens no Noir são complexas, por vezes obscuras. Elas demonstram o pior e o melhor que existe nas pessoas porque qualquer um pode ser criminoso.
Da banalidade aparente das personagens e da normalidade das situações criam-se argumentos fantásticos. Estou rendida.
Laura apresentou-se como um filme sóbrio e elegante com diálogos inteligentes e personagens compostas de uma forma muito sólida. Uma premissa simples mas que nos leva até ao interior da vida daquelas pessoas enquanto tentamos desvendar o enigma.
Pagos a Dobrar é sem dúvida um filme mais vibrante. O seu desfecho é a anunciado no entanto não podemos deixar de nos envolver naquele plano quase perfeito. Não podemos deixar de compreender a ingenuidade ou até mesmo frivolidade de Neff e muito menos nos é indiferente a frieza de espírito de Phyllis. Depois existe uma perfeição cénica em momentos chave que encaixa cada momento de tensão, que torna cada novo movimento único.
in Film Noir de Alain Silver & James Ursini / Paul Duncan (Ed.) editado pela Taschen
Quanto mais filmes Noir vejo, mais apaixonada fico pela atmosfera que os envolve, pelas histórias “negras” contadas em tons de cinzento.
Pelas actrizes e actores dos anos 40 e 50, pelos jogos de luz e contra-luz, pelas subtilezas da moralidade da época que mesmo assim deixaram passar algumas insinuações tão ou mais sensuais do que aquilo que hoje podemos ver sem censura.
Existe um crime que se espera perfeito. Por vezes existe o detective privado, o policial ou o curioso. Existe uma mulher e uma personagem que tenta espoliar os seus fantasmas através da resolução do problema.
As personagens no Noir são complexas, por vezes obscuras. Elas demonstram o pior e o melhor que existe nas pessoas porque qualquer um pode ser criminoso.
Da banalidade aparente das personagens e da normalidade das situações criam-se argumentos fantásticos. Estou rendida.
Laura apresentou-se como um filme sóbrio e elegante com diálogos inteligentes e personagens compostas de uma forma muito sólida. Uma premissa simples mas que nos leva até ao interior da vida daquelas pessoas enquanto tentamos desvendar o enigma.
Pagos a Dobrar é sem dúvida um filme mais vibrante. O seu desfecho é a anunciado no entanto não podemos deixar de nos envolver naquele plano quase perfeito. Não podemos deixar de compreender a ingenuidade ou até mesmo frivolidade de Neff e muito menos nos é indiferente a frieza de espírito de Phyllis. Depois existe uma perfeição cénica em momentos chave que encaixa cada momento de tensão, que torna cada novo movimento único.
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