É uma história comovente. Um filme franco e imparcial que conta como é viver em ditadura, como é ser-se constantemente controlado mesmo quando nada há contra nós.
A dualidade de sentimentos surge no nosso espião (Wiesler) ao ser confrontado com o novo mundo das artes, da música e das letras. A beleza da vida de outros leva-o a questionar a sua vida, dedicada a um regime cujo intuito é controlar e destruir os ímpetos criativos individuais.
Surge em si a dúvida sobre o certo ou errado ao descobrir que a sua missão tem o intuito de descobrir falhas na imaculada reputação do escritor Georg Dreyman, algo que demonstre que ele afinal é contra o regime apenas porque um superior quer a sua mulher, uma actriz em ascensão.
Porque as sociedades nem sempre são regidas pelo que é justo, este é um retrato amargo, mas ao mesmo tempo cheio de uma esperança.
Porque existe em cada pessoa uma parte boa que é necessário descobrir.
Um filme alemão que arrebatou o Óscar de Melhor Filme eEstrangeiro em 2006 entre outros prémios espalhados pelos diversos festivais de cinema do mundo, e que nos lembra que há vida para além dos filmes falados em inglês.
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