sexta-feira, maio 23, 2008

Sunset Boulevard (1950)

[first lines]
Joe Gillis: Yes, this is Sunset Blvd., Los Angeles, California. It's about 5 0'clock in the morning. That's the homicide squad, complete with detectives and newspaper men.

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Joe Gillis: You're Norma Desmond. You used to be in silent pictures. You used to be big.
Norma Desmond: I *am* big. It's the *pictures* that got small.

Norma Desmond: They took the idols and smashed them, the Fairbankses, the Gilberts, the Valentinos! And who've we got now? Some nobodies!
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Norma Desmond: There once was a time in this business when I had the eyes of the whole world! But that wasn't good enough for them, oh no! They had to have the ears of the whole world too. So they opened their big mouths and out came talk. Talk! TALK!

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Joe Gillis: I didn't know you were planning a comeback.
Norma Desmond: I hate that word. It's a return, a return to the millions of people who have never forgiven me for deserting the screen
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[last lines]
Norma Desmond: [to newsreel camera] And I promise you I'll never desert you again because after 'Salome' we'll make another picture and another picture. You see, this is my life! It always will be! Nothing else! Just us, the cameras, and those wonderful people out there
in the dark!... All right, Mr. DeMille, I'm ready for my close-up.Talvez nenhuma outra personagem seja tão intensa, tão overacting como Norma Desmond. Velha lenda dos primórdios do cinema mudo, “Star” ultrapassada pelo advento do som. Extravagante e rica, vive num mundo decrépito onde o tempo parece ter parado, como que preso noutra dimensão onde a opulência e a excentricidade de se ser uma estrela de cinema tudo permitiam.

Joe Gillis é uma argumentista falido, desesperado e sem grandes perspectivas. Da conjunção destas duas personagens surge o mais demente retrato da vida em Hollywood em meados do século passado.

Sunset Boulevard é um filme arrebatador, uma obra-prima da sétima arte.

Um noir subtil que se desenrola num crescente de tensão que culmina num fim demente, teatral e tão excêntrico como só Norma Desmond poderia nos proporcionar.

Billy Wilder, depois de Double Indemnity (1944), entra novamente no mundo do noir. Para mim, que o via apenas como lenda dos musicais, não deixa de ser uma agradável surpresa.

Um filme cheio de diálogos inteligentes e acutilantes, de personagens intensas e de situações emblemáticas entre o trágico e o cómico. Que nos despertam pena e ao mesmo tempo desprezo. Um belíssimo filme.

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