terça-feira, julho 22, 2008

A Desgraça de J.M. Coetzee


Dá para compreender que o Apartheid na África do Sul só terminou no início dos anos 90?

Não sendo esse o assunto central deste livro, esse facto não deixa de pairar sobre as nossas personagens, uma pesada herança que serve de desculpa para uns e de castigo para outros.

Antagonistas, pai e filha, jovem e quase velho. A vida no campo, a vida na cidade.

Um que decide fugir após a sua pequena desgraça pessoal, outro que apesar disso se cinge à sua terra aceitando o seu fardo como um preço a pagar pela história.

Mais que um drama familiar, mais que um homem a atravessar a crise da meia-idade e a deparar-se com a sua solidão, “A Desgraça” é um retrato social cru e árido. Quase fatalista e ao mesmo tempo resignado.


J. M. Coetzee nasceu na África do Sul, Cidade do Cabo, em 1940. Professor de Literatura na Universidade da Cidade do Cabo. É autor de Dusklands, Boyhood: Scenes from Provincial Life, Strange Shores, Youth: Scenes from Provincial Life II e de À Espera dos Bárbaros (CNA Prize, Geoffrey Faber Memorial Prize e James Tait Black Memorial Prize), A Ilha, A Idade do Ferro, O Mestre de Petersburgo (Irish Times Internacional Fiction Prize), Desgraça (Booker Prize), Elisabeth Costello e No Coração desta Terra (CNA Prize), editados pelas Publicações Dom Quixote. Slow Man e Diary of a Bad Year são os seus mais recentes romances. A sua obra inclui ainda traduções, estudos linguísticos e crítica literária.
J. M. Coetzee recebeu inúmeros prémios, entre os quais o Jerusalem Prize, o Lannan Literary Award for Fiction e o Commonwealth Writers Prize. Em 2003 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.



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