“My own brain is to me the most unaccountable of machinery—always buzzing, humming, soaring roaring diving, and then buried in mud. And why? What’s this passion for?” Virginia Wolf 1932
Dá para compreender que o Apartheid na África do Sul só terminou no início dos anos 90?
Não sendo esse o assunto central deste livro, esse facto não deixa de pairar sobre as nossas personagens, uma pesada herança que serve de desculpa para uns e de castigo para outros.
Antagonistas, pai e filha, jovem e quase velho. A vida no campo, a vida na cidade.
Um que decide fugir após a sua pequena desgraça pessoal, outro que apesar disso se cinge à sua terra aceitando o seu fardo como um preço a pagar pela história.
Mais que um drama familiar, mais que um homem a atravessar a crise da meia-idade e a deparar-se com a sua solidão, “A Desgraça” é um retrato social cru e árido. Quase fatalista e ao mesmo tempo resignado.
J. M. Coetzee nasceu na África do Sul, Cidade do Cabo, em 1940. Professor de Literatura na Universidade da Cidade do Cabo. É autor de Dusklands, Boyhood: Scenes from Provincial Life, Strange Shores, Youth: Scenes from Provincial Life II e de À Espera dos Bárbaros (CNA Prize, Geoffrey Faber Memorial Prize e James Tait Black Memorial Prize), A Ilha, A Idade do Ferro, O Mestre de Petersburgo (Irish Times Internacional Fiction Prize), Desgraça (Booker Prize), Elisabeth Costello e No Coração desta Terra (CNA Prize), editados pelas Publicações Dom Quixote. Slow Man e Diary of a Bad Year são os seus mais recentes romances. A sua obra inclui ainda traduções, estudos linguísticos e crítica literária.
J. M. Coetzee recebeu inúmeros prémios, entre os quais o Jerusalem Prize, o Lannan Literary Award for Fiction e o Commonwealth Writers Prize. Em 2003 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.
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