quinta-feira, setembro 18, 2008

Revistas

Não há muito tempo descobri uma enorme paixão por esta forma de publicação. Acostumei-me a espera-las com entusiasmo no final de cada mês, a ansiar pela novidade da capa.
Gosto de as ter arquivadas, de as saber ali guardadas como se de livros se tratassem. Passeio-as durante praticamente todo o mês entre casa e a esplanada do café. Leio tanto ao serão com uma caneca de chá, como as folheio entre conversas de amigos no café.


Desde o desaparecimento da Premiere sobraram-me duas revistas que compro religiosamente.
A National Geographic e a mais recente Courrier Internacional.

Na National Geographic deslumbro-me por fotografias lindas, para além do imaginável. Porque parece ser o cunho desta, transgredir os limites e superar-se a cada número. Não só na beleza das imagens que trás até nós, como na sensação de impossibilidade. Penso a cada página,"mas como é que estes gajos fizeram isto?", sejam animais, plantas, longas paisagens ou minúsculos seres, as imagens conseguidas são, na sua maioria, deslumbrantes. As cores e as perspectivas fazem sempre com que a mais simples reportagem se torne algo sublime. Depois a temática da revista, tão abrangente nas áreas das ciências naturais, da historia onde passa pela arqueologia, a antropologia e a sociologia, a medicina, a biologia etc. Tudo temas sobre os quais pouco sei, mas sobre os quais tenho muita curiosidade. Nisso a N.G. é insuperável.

Já a Courrier tem vindo a conquistar-me. Desde o 1º numero em Fevereiro deste ano que me tornei leitora assídua. Essencialmente porque gosto do conceito, reunir numa publicação mensal excertos de outros jornais e revistas, oriundos um pouco de todo o mundo. Talvez não prime pela actualidade, mas dá-me a oportunidade de ler e digerir informação sobre acontecimentos relevantes vistos por outros intervenientes. Politica, economia, sociedade, lazer são alguns dos assuntos que tanto podem surgir de um pais Árabe, dos E.U.A ou de um pais Africano. Há efectivamente uma globalização de visões, e uma partilha que, quanto a mim, promove a multiplicidade de opiniões, o que nos permite olhar o mundo de uma posição sem barreiras linguísticas, territoriais ou de carácter nacionalista.
Ao ler a Courrier, sinto-me uma cidadã do mundo.

Tem sido também um projecto editorial que não tem tido medo de arriscar e que nos tem brindado com o bom gosto a nível gráfico fazendo, mês após mês, capas bem conseguidas, chamativas e ao mesmo tempo sóbrias.



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