quinta-feira, junho 26, 2008

Verão!!!!

*piscina fluvial da Portagem

Finalmente chegou o Verão!!!
Já nem me lembrava o que era o ar irrespirável às três da tarde, o quarto tão quente que é impossível dormir às três da manha...
A roupa leve, os almoços só de saladas frias e fruta, chinelos, sandálias, calções, piscina...

O que eu gosto do verão.

A Peste


"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido (...) espera pacientemente, (...) e viria talvez um dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."

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"Sei apenas que é preciso fazer o necessário para deixar de ser um pestiferado e que só isso nos pode fazer esperar a paz, ou, na sua falta, uma boa morte. É isso que pode aliviar os homens e, se não salvá-los, pelo menos fazer-lhes o menos mal possível, e até às vezes, um pouco de bem. (diálogo de Tarrou ao médico Rieux)"

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A peste é a alegoria de um mal maior, um mal divino instalado entre os Homens daquela cidade, qual Sodoma e Gomorra destruídas pela ira celestial.

Porque a peste mais que ceifar vidas fecha a cidade sobre si. Impedida de respirar e de evoluir em conjunto com o resto do mundo resta-lhe sobreviver, como se fosse um organismo vivo em que as suas células morrem aos poucos e se decompõe perante o seu olhar impotente.

Espera inquieta pelo fim da ira divina, na esperança de poder renascer dos seus mortos e fingir de novo viver numa normalidade mais que aparente até que nova praga se abata sobre si.

Neste organismo vivo em profunda decadência lutam células, lutam contra as suas vidas passadas e contra a peste que as ronda como uma sombra. Lutam pela esperança de sobreviverem à “limpeza”. Questionam os motivos, sentem saudades dos que ficaram retidos do outro lado dos muros, fogem de si e de se tornarem um pestiferado e morrer numa qualquer vala anónima.

Muitos descobrem, que a peste que os persegue há muito é pior que aquela que agora lhes chega.

Se em “O Estrangueiro” Camus questionou a existência do homem, os seus propósitos ou a falta destes, em “A peste”, Mersault transforma-se numa cidade inteira.

Um relato sem falsos moralismos nem sentimentalismos nu na crueldade dos factos, como a peste negra terá sido nos tempos em que dizimava à sua passagem mais de um terço da população.

quinta-feira, junho 19, 2008

Micah P. Hinson - Yard Of Blonde Girls



Versão de Yard Of Blonde Girls de Jeff Buckley, faixa integrante do Album Sketches for My Sweetheart the Drunk lançado em 1998.

Cai que nem uma luva na voz de Micah P. Hinson.
E ficou bem giro neste anuncio da Axe!


quinta-feira, junho 12, 2008

Noite de Santo António

Para aqueles que vão ao Santo António a Lisboa, ser apertados, pisados, levados na multidão, para esses todos que vão comer sardinhas a 2€ cada e apertar a bexiga porque não existem casas de banho suficientes para os milhares que vão estar na rua...

Aqui fica uma foto da pacata Portalegre enfeitada para os arraiais, onde a sardinha é barata, a nossa própria casa nunca fica a mais de 5 minutos e o que não falta é espaço para bailar :)

Que se lixe o tradicional Santo António da capital, depois da experiência aterradora do ano passado onde fui completamente amassada por uma multidão eufórica que nem uma sardinha consegui comer, nunca mais me apanham em Lisboa por estas alturas.
Tenho dito.

Aqui fica o cartaz das festas:

Nos ultimos dias

Nos últimos dias descobriu-se finalmente que os alimentos não nascem nas prateleiras, que os depósitos de combustível das gasolineiras têm fundo e que a histeria colectiva realmente existe.

quinta-feira, junho 05, 2008

T3 no Cartaxo para venda


http://www.alegrecampo.com
Moradia T3 Ref: MO759

http://www.ormi-imob.com


A casota já está online nestas duas paragens, mas não custa nada divulgar um pouco mais.
Um T3, reconstruído com um aproveitamento de sótão muito bom e um pequeno quintal com dois telheiros.
Bem no centro do Cartaxo a descer para a Ribeira.
Trata o próprio, ou seja eu, ou uma destas duas imobiliárias. As fotos e as características do imóvel estão disponíveis em ambos os sites.

É uma pena que as casas não se possam transportar. Não sendo nenhum casarão é um ninho bem aconchegante e principalmente reconstruído com muita qualidade.
Gostava de a trazer para Portalegre...
Não podendo basta-me passa-la ao próximo e procurar outra por estas bandas.

...

Continua o silêncio existencial.
Porque por vezes não vivemos, existimos para aqui jogados num labor diário que não tem fim anunciado nem destino marcado.
Porque por vezes não sabemos bem para onde vai a carruagem na qual embarcamos e a ultima estação já não está à vista.
O sentido vai-se perdendo. A essência deixa de se reconhecer no meio destas coisas todas com as quais nos temos de preocupar.
Às vezes, quando estou só, quando me sinto livre, quando à minha volta não há nada mais que o mundo inteiro aberto sobre a planície, paro e penso.
Afinal quem sou eu?
Continua o silêncio existencial.
Este silêncio que vem de dentro.
Esta certeza de não se ter definição...

Shadow of a Doubt (1943)


Young Charlie: We're not just an uncle and a niece. It's something else. I know you. I know you don't tell people a lot of things. I don't either. I have a feeling that inside you there's something nobody knows about... something secret and wonderful. I'll find it out.
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Uncle Charlie: You think you know something, don't you? You think you're the clever little girl who knows something. There's so much you don't know, so much. What do you know, really? You're just an ordinary little girl, living in an ordinary little town. You wake up every morning of your life and you know perfectly well that there's nothing in the world to trouble you. You go through your ordinary little day, and at night you sleep your untroubled ordinary little sleep, filled with peaceful stupid dreams. And I brought you nightmares. Or did I? Or was it a silly, inexpert little lie? You live in a dream. You're a sleepwalker, blind. How do you know what the world is like? Do you know the world is a foul sty? Do you know, if you rip off the fronts of houses, you'd find swine? The world's a hell. What does it matter what happens in it? Wake up, Charlie. Use your wits. Learn something.
E se a pessoa que idolatramos não for exactamente aquilo que pensamos. E se por um ou outro comportamento vai crescendo dentro de nós essa sombra, esse feeling, essa enorme dúvida.

O 1º filme de Hitchcock totalmente "americanizado" e tido como o seu filme favorito, a Shadow of a Doubt está todo ele embebido da iconografia Hitchcock.
As sombras longas, as portas que se abrem, a figura que olha longamente do cimo das escadas ou que simplesmente se detém no pórtico de casa enquanto no seu semblante se sente a crescente tensão.
A pacatez das suas personagens, a delicada vida familiar tão normal, tão igual a tantas outras tão insuspeita, faz com que o crescente de evidencias faça deste filme uma peça brilhante do Film Noir.
Inicia-se com este Shadow of a Doubt e depois de Vertigo e Psyco, uma grande vontade de conhecer mais e melhor a cinematografia deste senhor rechonchudo e com ar bonacheirão, que no fundo tinha uma mente psicopática muito à frente do seu tempo.

terça-feira, junho 03, 2008

Californication & Weeds



Segundas-feiras, na RTP2, logo a seguir ao telejornal.
Parece que já não é muito difícil ver-me rendida a series!

Deve ser por isso que a segunda-feira é agora noite sagrada lá em casa.
Desde que acabou o Dexter que as quartas nunca mais foram a mesma coisa...