"No começo, todas as coisas são boas. Mas como é raro, na história dos homens e das pequenas ou grandes cidades, que sejam boas quando chegam ao fim!
Então, tudo se desfaz. Fica só a gordura. Tudo alastra. O tempo desarticula-se. O leite azeda. De noite, os fios que escorrem do alto dos postes contam histórias de terror no nevoeiro. A água dos canais desaparece por baixo da espuma. As pedras de isqueiro, riscadas, não fazem faísca. As mulheres, tocadas, não têm calor.
O verão, de repente, chega ao fim.
O inverno põe neve nos ossos.
É tempo de nos virarmos para a parede."
A Morte é um acto solitário
Bradbury, R.
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