Em Maio de 2008 eu tinha todo o tempo do mundo. Tinha todas as primeiras vezes para desfrutar, o mundo podia ainda ser meu. E foi.
Numa noite única na aula Magna foi muito meu. Garcia Marques disse que não interessa o que vives, mas como te lembras do que vives para contar.
E dessa noite, os The National, Matt Berninger meio ébrio na palco e uma sala a abarrotar de "goupies indie coiso" de letras decoradas e prontos a fazer coro, eu lembro momentos épicos.
Épicos de comunhão entre o público e a sua banda de referencia. Épicos entre mim e os que estavam comigo.
2008 foi um ano feliz. Havia aquilo que Michael Cunningham nomeia em "As Horas", o Senso de possibilidade. Quando, num momento da tua vida ainda tudo pode realmente acontecer e isso aborda o teu ser de uma forma realmente positiva.
A Aula Magna foi isso, um senso imenso de possibilidade, o primeiro concerto realmente ansiado, uma peregrinação.
O espaço colegial, o sentimento de proximidade de todos os que lá estavam e um espectáculo intimo, frenético e algo alcoolizado fizeram do concerto dos The National memorável.
Muito se escreveu nos dias seguintes, "o melhor do ano", a banda de "uma geração" ou "não foi isso tudo de especial".
Não sei o que foi. Não sei se foi tudo isso de bom, se teve tantas falhas. Sei do que me lembro para contar.
E a Aula Magna foi na data, o concerto da minha vida.
P.S. Amanhã, mais de 5 anos passados e 2 álbuns depois é noite de The National, Não espero reviver aquele Maio, mas espero viver novas histórias...espero viver para contá-las.
E a Aula Magna foi na data, o concerto da minha vida.
P.S. Amanhã, mais de 5 anos passados e 2 álbuns depois é noite de The National, Não espero reviver aquele Maio, mas espero viver novas histórias...espero viver para contá-las.
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