A única definição que li até hoje capaz de explicar estas coisas foi-me dada pelo mestre Eça de Queiroz em “Os Maias”.
Em” Os Maias”, Carlos Eduardo sofria de “diletantismo”, ou seja, a sua cabeça fervia em ideias e como Carlos Eduardo tinha possibilidades dava inicio a muitas delas. Mas esta personagem era um “Dandy”, por isso mesmo incapaz de se empenhar a sério no que quer que fosse. Carlos Eduardo da Maia gostava de aproveitar a vida, e sonhava com os dias em que os seus projectos se tornassem realidade, só não estava muito disposto a trabalhar para isso.
Às vezes sinto-me assim, e pior, sinto o mundo todo à minha volta assim. A girar como satélites em volta de ideias e utopias, a pintar quadros de maravilhas e por fim a afundar-se num mar de diletantismo profundo em que as ideias não passam de ideias e em que os projectos se arrumam na gaveta, e em que depois das possibilidades se acabarem se fica na mesa do café a pensar naquilo que poderia ter sido!
Não existe por ai nenhuma vacina para este mal do mundo moderno?
Não existe por ai um meio de nos fazer acordar e tomar nas mãos as rédias das nossas ideias e pô-las definitivamente a funcionar?
Algo que obrigue aquela pessoa que escreve tão bem a acabar o livro, que faça o empregado infeliz abandonar o seu posto de trabalho e empenhar-se no sonho da sua vida, algo que nos faça fazer um esforço por algo com prazer?
Queria mesmo encontrar esse algo para mim e para os que estão perto de mim, para quando me dão os momentos criativos eu em vez de ficar com os cotovelos em cima da mesa do café e olhar perdido em algum ponto da parede a imaginar o que seria e me levante e ponha tudo a mexer, e me mexa, e acabe de vez com esse vírus que se instala, a porra do diletantismo!
Em” Os Maias”, Carlos Eduardo sofria de “diletantismo”, ou seja, a sua cabeça fervia em ideias e como Carlos Eduardo tinha possibilidades dava inicio a muitas delas. Mas esta personagem era um “Dandy”, por isso mesmo incapaz de se empenhar a sério no que quer que fosse. Carlos Eduardo da Maia gostava de aproveitar a vida, e sonhava com os dias em que os seus projectos se tornassem realidade, só não estava muito disposto a trabalhar para isso.
Às vezes sinto-me assim, e pior, sinto o mundo todo à minha volta assim. A girar como satélites em volta de ideias e utopias, a pintar quadros de maravilhas e por fim a afundar-se num mar de diletantismo profundo em que as ideias não passam de ideias e em que os projectos se arrumam na gaveta, e em que depois das possibilidades se acabarem se fica na mesa do café a pensar naquilo que poderia ter sido!
Não existe por ai nenhuma vacina para este mal do mundo moderno?
Não existe por ai um meio de nos fazer acordar e tomar nas mãos as rédias das nossas ideias e pô-las definitivamente a funcionar?
Algo que obrigue aquela pessoa que escreve tão bem a acabar o livro, que faça o empregado infeliz abandonar o seu posto de trabalho e empenhar-se no sonho da sua vida, algo que nos faça fazer um esforço por algo com prazer?
Queria mesmo encontrar esse algo para mim e para os que estão perto de mim, para quando me dão os momentos criativos eu em vez de ficar com os cotovelos em cima da mesa do café e olhar perdido em algum ponto da parede a imaginar o que seria e me levante e ponha tudo a mexer, e me mexa, e acabe de vez com esse vírus que se instala, a porra do diletantismo!
3 comentários:
continua o bom gosto...parabéns...!!!
www.porquenãoaqui.blogspot.com
rl
De facto, Eça de Queirós, o grande, estava mesmo muito à frente, no seu tempo....
Eça deitou-nos a semente e ainda nos deitou o adubo: deu-nos a génese dos problemas, obrigou-nos a pensar. Não se esqueceu de nada... Até nos referiu os outros e os problemas que nos podem causar, ainda quando não nos tínhamos convencido disso...
Acredito, minha querida, que este teu estado de espírito, tenha muita mão de terceiros... E é isso que me revolta e há-de revoltar sempre...
É quando deixamos de ter poder sobre as coisas que queremos controlar... O segredo é não desistir... NUNCA!
Não queremos que pesquem por nós, queremos sim que nos ensinem e, depois, que nos deixem pescar sozinhos!!
és grande... tou a morrer de saudades, minha querida.
Beijos
Oh minha querida...tanto que eu gostaria de tar a cura para esse mal...eu ainda acredito...
acredito que num futuro (próximo ou longinquo) possamos estar felizes...possamos ter ideias e pô-las em prática, sem barreiras... até porque ja tivemos a experiencia que de certas ideias inusitadas nascem grandes projectos e a menção honrosa de que somos na verdade excelentes comunicadores!
Aguarda...quando chegar a hora nós "andemos aí"...depois mais ninguem nos parará!
Bjos mt grandes e tou a morrer de saudades tuas!
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