terça-feira, julho 03, 2007

A Dália Negra

Director:Brian De Palma
Writers (WGA):Josh Friedman (screenplay)
James Ellroy (novel)
Release Date:21 September 2006 (Portugal)


Ofcr. Dwight "Bucky" Bleichert: Nothing stays buried forever. Nothing.
Madeleine Linscott: Elizabeth and I made love once. I just did it to see what it would be like with someone who looked like me.
The Coroner: The victim has been cut in half, all the organs removed, blood drained from the body, and the mouth sliced ear to ear.
Madeleine Linscott: [to Bucky] I think you'd rather fuck me than kill me. But you don't have the guts to do either.
Madeleine Linscott: Get the picture?
Ofcr. Dwight "Bucky" Bleichert: Technicolor.
Russ Millard: Hollywood will fuck you when no-one else will.
Ofcr. Dwight "Bucky" Bleichert: I don't get modern art.
Madeleine Linscott: I doubt modern art gets you, either.


Senti vontade de ver este filme assim que estreou nos cinemas, e ainda dei uns prolongados olhares para a capa do livro de James Ellroy, mas o tempo passa e distraímo-nos com outras coisas.
O filme começou por ser surpreendente desde o início, esperava que fosse muito mais centrado no caso Dália Negra, mas no fim de contas este é apenas o pretexto para ser contada a história de Mrs. Ice & Mrs. Fire e o seu elo de ligação Kay Lake.
Passamos boa parte do filme a vê-los na sua vida quotidiana, a sua ascensão enquanto polícias, a sua vida a três quase onirica e pura, sem haver de facto uma ligação sexual explicita entre nenhum dos três lados do triangulo, mas no triangulo há sempre um elo mais fraco, e mais tarde esse elo irá ceder.
A Dália Negra surge um pouco mais à frente como pretexto à exploração das obsessões, de como a ânsia de poder ou de reconhecimento podem de repente desencadear comportamentos excessivos, descontrolados, fatais…
Ficou um gostinho a pouco, merecia mais tempo de antena a Dália Negra magneticamente representada por Mia Kirshner (que podemos ver na série L Word). O seu ar indefeso e assustado e ao mesmo tempo terrivelmente sexual incorporaram perfeitamente Elizabeth Short.
Surpreendeu também Hilary Swank na sua pérfida menina rica Madeleine Linscott, carregada de erotismo e maldade, sempre entre um mundo e outro onde a linha que divide o bem do mal é muito ténue.
Gostei dos diálogos, da fotografia, da banda sonora e achei a maior parte dos cenários deliciosos.
Pergunto-me se se vivia assim em 1947 em Hollywood?!
Parece demasiado à frente no seu tempo… No entanto o glamour da época está lá todo, a negro como se quer num filme Noir.

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