segunda-feira, janeiro 31, 2011

"Home" - O filme

A Consciência súbita da responsabilidade partilhada sobre o futuro da NOSSA CASA


Filmes arauto da catástrofe há muitos.

Outros tantos já foram feitos sobre a beleza natural do nosso mundo. Desde a grandeza desolada do Gran Canyon, ao verde exuberante da Amazónia, passando pelo azul profundo dos mares do pacifico, não esquecendo a serenidade branca das calotes polares.

Conseguimos identificar todos esses lugares com um olhar, apesar de nunca lá termos estado. E talvez por isso eles sejam só sítios longínquos, que visitamos nos nossos sonhos. Mas porque estão longe, não os sentimos pulsar, não os vemos in loco a gritar a alarmante situação do nosso planeta.

Sentimos talvez as diferenças subtis nas estações, ou vemos a água a escassear em lugares onde antes era abundante. Sentimos a instabilidade da economia, o preço alto dos combustíveis e vemos, no conforto das nossas quatro paredes, a TV que debita os furacões, as inundações ou as terríveis secas que vão acontecendo do outro lado do mundo. Não vemos para além disso. Não prevemos, e genericamente, achamos que poderemos escapar mais ou menos ilesos. Que na nossa curta vida, tudo se manterá mais ou menos igual. Por isso vivemos também de forma igual. "Business as usual". Em todos os pontos da nossa existência.

Porquê?

Não temos realmente falta de informação, ninguém se pode desculpar com o facto de nunca ter sido confrontado com esta realidade.

Sentimos sim, essa sensação avassaladora de impotência. Como posso eu afinal fazer algo contra a evidente força da natureza? Como pode a minha minúscula horta no terraço contribuir para algo tão grande? Como pode de algum modo a minha atitude contra os sacos de plástico fazer qualquer diferença se o resto do mundo contínua simplesmente a consumir?

Sentimos que não pode.

Por isso é que é tão importante ver filmes como este. Que nos mostram o que de mais belo e remoto existe no nosso mundo. Que nos asseguram que o mundo é a nossa casa. E que nos explicam o que está a acontecer. Mas mais que isso, terminam de forma esperançosa, apontando-nos o dedo. Afinal, a minha insignificância pode ser só uma gota de água no oceano. Mas o oceano é isso mesmo, um grande conjunto de gotas de água.

Mais do que perceber que as alterações climáticas não são um mito, ESTÃO MESMO AÍ, precisamos de adquirir esta consciência de que somos uma gota de água importante neste oceano de coisas que precisam de mudar. Precisamos de fazer a nossa transição individual, e perceber que mesmo que os nossos esforços não tenham resultados visíveis, são válidos e contribuem para esse grande oceano que é o bem comum. A nossa Casa.

“Home” começou por ser uma grande depressão e terminou assim, com uma vontade reforçada de investir numa nova maneira de estar perante o mundo. Com passos pequenos, com pequenas vitorias dia após dia, também eu quero tornar a minha vida cada vez mais resiliente.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Janeiro 2011


Raio de mês!
Dizem os senhores da matemática que o último dia 24 foi o mais deprimente do ano, pois eu acho que a equação devia estender-se a todo o mês.
É o recolhimento à serenidade do lar após as festas.
São as deadlines do trabalhos académicos.
O frio de rachar, os dias cinzentos de chuva.
A renovação das anuidades.
Sinceramente...
Nunca mais é Fevereiro!

Aí sim, mês novo vida nova.

Rider to the Sea - Anna Calvi


Para ouvir nos dias frios de Janeiro e sonhar com emoções quentes de Verão.

sábado, janeiro 22, 2011

The Expendables (2010)

Sabem aqueles filmes que são tão maus, mesmo tão maus que acabam por ser muito bons?

Não é este o caso.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Anna Calvi - Suzanne & I


A primeira descoberta de 2011.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Primeiras imagens da Horta no Terraço


Até agora tem sido um processo simples e bonito.
Comprar os vasos, escolher os materiais e as plantas.
Abrir caminho para esse processo tão simples, mas ao mesmo tempo complexo, como é plantar e fazer crescer uma planta.
As dúvidas são muitas: Será espaço suficiente para elas crescerem? A terra será adequada? O local escolhido no terraço é indicado? E agora, que estão plantadas, o que se faz a seguir?

Bem, agora é regar com conta e medida e esperar para ver.
E ler. Há muita informação e muito conhecimento para partilhar.
Hoje inaugura-se aqui a Horta no terraço.

A Fazer a transição...

Vasos de barro e composto agrícola com húmus adaptado à agricultura biológica.
Alfaces roxas
Morangueiros.


PJ Harvey- The Words That Maketh Murder


Avanço do álbum que sai em Fevereiro... estou curiosa!

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Portalegre em Transição



(Clicar na imagem para ler)
Não percam este evento, amanhã pelas 16h, no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre.

Agir hoje, para um amanhã melhor.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Black Swan (2010)

Difícil. Muito difícil de acompanhar.

No entanto de uma rara complexidade dramática e uma excelente construção de personagem por parte da Natalie Portman.

Olhando no espelho...


Sem perceber muito bem o que é o que reflexo quer dizer...

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Em 2010...


Percebi de uma vez por todas que existe a vida imaginada e a vida vivida.

Voltei a estudar.
Fui tia.
Chorei de desespero por não saber que mais fazer.
Sorri por dentro com as pequenas vitórias do dia-a-dia.
Corri mais quilómetros.
Cheguei ao peso ideal. E mantive-o!
Li livros interessantes.
Vi filmes magníficos.
Gostei ainda mais de Film Noir.
Bebi alguns vinhos bons.
Ouvi vezes sem conta o novo álbum dos National e dos Black Keys.
Dancei umas quantas noites com muita vontade.

Fiz novos amigos.
Empenhei-me em trabalhos que não deram resultado.
Tive de começar tudo outra vez.
Escrevi alguns textos que me deram gozo publicar.
Pintei a casa em tardes escaldantes de Verão.
Fui menos à praia do que gostaria.
Fui ainda menos vezes às piscinas do que gostaria.
Não fui aos concertos que queria.
Não comprei a roupa que andei a namorar nas montras.
Apreendi a viver com menos. E que menos ás vezes pode representar muito mais.
Aperfeiçoei a receita de mousse de chocolate.
Apreendi a reter o pânico e a serenar perante os problemas que não posso resolver.
Dei sangue pela primeira vez.
...

terça-feira, janeiro 04, 2011

Ano novo...

Não sei se me regozijo pelo ano novo ter começado ou se me esconda num sitio bem escuro para que 2011 não me encontre.





domingo, janeiro 02, 2011

Casas do Parque



2011

Começou no campo...