domingo, janeiro 27, 2013
Ensaios II
Publicada por Angie Mendes à(s) 11:56 da tarde 0 comentários
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sábado, janeiro 26, 2013
Ensaios I
A sua casa, tão sua uns dias, outros completamente indiferente.
Publicada por Angie Mendes à(s) 12:34 da manhã 0 comentários
Etiquetas: The Hours
quarta-feira, janeiro 23, 2013
A arte de passar pela chuva sem se molhar...
Essa forma estranha de se mover na lentidão, no escuro do quarto, sem tocar nos móveis. Sem fazer cair os bibelôs. Esse passo em silêncio, planeado...essa apatia que impossibilita a extravagância.
Abatia-se sobre si essa ideia opressiva de resignação perante a vida. Não a sensação de falha, só a poderia sentir se tentasse.
Mas essa sensação de apatia, de tédio de quem não falha porque não tentou.
Não gritara alto, nunca ralhara a ninguém...nunca fugira ou insistira em ficar. Sentia pouco, ou muito...de mansinho...na apatia.
E então o tempo existente na sala pesou sobre si. Tornou-se espesso, o tempo impregnado de água, frio.
O tempo perante si, ecoando pelas paredes num tic-tac apressado, passando ao ritmo a que o sangue lhe corria nas veias.
Aflito. O tempo afligindo-se por fim. Ansiando... "obriga-te, sai do ponto vazio, ocupa espaço...ignora a arte de passar pela chuva sem te molhares...."
Publicada por Angie Mendes à(s) 7:54 da tarde 0 comentários
Etiquetas: The Hours
domingo, janeiro 20, 2013
2013...
O ano já se instalou, veio de mansinho, ocupou o espaço que é seu.
Reclama o tempo que está a passar.
As datas que se aproximam, os seus significados.
2013.
2013 seria o ano.
Assim será outra coisa qualquer.
Outra coisa indefinida, cinzenta, vazia.
Poderia dar-lhe o significado. Mas há dias em que não nos reconhecemos para além do vazio deixado por esse momento de perda.
2013 seria qualquer coisa especial...assim não será nada.
Publicada por Angie Mendes à(s) 5:48 da tarde 0 comentários
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quarta-feira, janeiro 09, 2013
Au revoir Montreal ...
Dizer adeus, mesmo que seja apenas um até breve nunca é fácil, já devia saber.
Já devia conseguir aceitar.
Eu, que sempre vivi entre casas. Entre famílias. Entre férias e meses de escola. Eu e as escovas de dentes espalhadas pelos distritos, uma vida de malas feitas, de momentos de ausência, de coisas irrecuperáveis, perdidas.
E ainda assim, dizer este adeus foi mais doloroso, o mais sentido, será talvez mais longo até breve dito até aqui.
Sempre adorei a minha mana mais velha. Sempre. E sempre vivemos separadas. E mesmo assim, pude estar sempre lá.
No primeiro dia da escola. Quando entrou para a universidade, quando arranjou o primeiro emprego, quando nasceu o primeiro filho....
Devíamos esquecer...devíamos ser felizes na ignorância dos nossos dias.
Publicada por Angie Mendes à(s) 7:51 da manhã 0 comentários