quinta-feira, março 31, 2011

Think You Can Wait - The National



"I'm out of my mind; think you can wait?
I'm way off the line; think you can wait? "


"We've been running a sleepless run
Been away from the baby way too long
We've been holding a good night gone
We've been losing our exits one by one"




I'm Still in love with The National

quarta-feira, março 30, 2011

PJ Harvey - England

terça-feira, março 29, 2011

Courgettes....a planta mutante!

Nada na minha horta cresce ao ritmo impressionante dos courgettes! Nota-se algo de diferente todos os dias.

Começo a desconfiar que a minha mãe tem mesmo razão quando me diz que eles não vão caber todos no vaso...

Alfaces...

Elas estão viçosas e têm-se aguentado bem perante as intempéries deste longo Inverno. Apesar do calendário já ter mudado de estação, a Primeira não quer nada connosco que estamos perdidos no Alto Alentejo. Os dias de chuva têm sido uma constante, o acentuado arrefecimento nocturno uma certeza e o ritual de cobrir e descobrir a horta com a estufa ainda faz todo o sentido.

As alfaces têm já mais de dois meses nos vasos. Devem ficar lá entre 60 a 90 dias.
Assola-me agora a dúvida de principiante: Quando vão estar as alfaces boas para serem colhidas?




sexta-feira, março 25, 2011

quinta-feira, março 24, 2011

O banco vazio…


Lembro-me que uma das ambições financeiras da minha adolescência era ter uma conta num banco privado. Não havia paciência, nem tempo, para as filas intermináveis da C.G.D.

Por várias razões mantive-me ligada à Caixa. O que hoje já nem interessa. A Caixa está vazia, às moscas!

As pessoas não se atrapalham mais para chegar ao balcão, a senha já é quase desnecessária.

Desde o inicio de 2011 ir à Caixa é um descanso.

Sinais da crise?

quarta-feira, março 23, 2011

Sementeiras V - Courgettes

Dos quatro pontos de sementes que criei no vaso nasceram três. Não está nada mau.
As plantas desenvolvem-se a olhos vistos e a contar com o que a minha mãe me disse - ele percebe bem mais destas coisas que eu - vou mesmo ter de pensar em arranjar outro espaço para as plantas, pois dificilmente podem conviver todas no vaso XXL. As courgettes são uma espécie de abóbora que gosta de espaço e que cresce muito.
Estou a pensar em soluções para ampliar a horta.


Sementeiras IV - As razões que a razão desconhece


Parti para a sementeira sabendo que nada sei sobre o assunto. Mesmo assim, é difícil deixar de me espantar com o destino desta dúzia de copinhos tão carinhosamente preparados para serem incubadoras de tomates e pepinos.
Dos doze apenas um - até agora - criou vida.
Nos restantes nem um sinal de actividade. Estiveram todos expostos às mesmas temperaturas, ganharam a mesma quantidade de água e de sol. Não consigo explicar porque nasceu um tomateiro com semanas de antecedência
Mas ainda não desisti dos restantes copos. A primavera está ai, espero que o sol mais quente traga uma energia renovada para a horta.
Entretanto vou considerando uma deadline para decidir fazer uma nova sementeira...


terça-feira, março 22, 2011

Tom Waits - Heart Attack and Vine


"Don't you know there ain't no Devil, that's just God when he's drunk"

The National - Think You Can Wait

Musica nova dos The National...
Still in love with them ****

segunda-feira, março 21, 2011

Tom Waits - You Can Never Hold Back Spring



"Remember everything that spring Can bring..."

BLADE RUNNER (1982)


No cinema o futuro aparece sempre envolto numa névoa de dias escuros, frios e de chuva constante.
As ruas sujas onde as estruturas sociais e as vivências humanas, tal como as conhecemos, coexistem numa espécie de apocalipse atmosférico e na desconstrução daquilo que é humano.
Ou somos invadidos por monstros alienígena, ou completamente subjugados pelas nossas próprias criações.
As personagens do futuro não deixam no entanto de ser humanas, de sofrer e de se arrastarem no mesmo lamaçal de vícios e depressões, de sofrerem e ambiguidades morais ou de se subjugarem ao que tem de ser feito.
Deckard aparece como Sam Spade do futuro e a luta entre o bem e o mal continua, numa espécie de Film Noir de ficção cientifica, onde nem a famme fatale falta.
Mas tal como num Noir os maus criam empatia connosco. Os "replicantes" são maquinas que criaram um espírito e ao descobrirem a inevitabilidade da sua morte, querem fugir-lhe. Quebram as barreiras e tomam-se subitamente da natureza humana. Têm em si uma essência puramente humana.
Na cena final sentimos isso. Empatia.
A maquina reconhece a beleza, sente o tempo, revive as suas memorias. Chora as suas perdas.

Batty: "All those moments will be lost in time...like tears in rain"


Não é o meu género preferido, tenho por vezes alguma dificuldade até em lidar com a estética da ficção cientifica, mas Bladde Runner vai para além de uma visão do mundo do futuro, integra também uma analise daquilo que nos torna humanos, e essa essência não será muito diferente em 2019.


Anna Calvi - Blackout


Vamos ao Alive este ano?

sexta-feira, março 18, 2011

Como ter Sucesso? Durma mais

Porque hoje é o Dia Mundial do sono, aqui está um bom motivo para o tratarmos melhor.

http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/arianna_huffington_how_to_succeed_get_more_sleep.html

O mundo em colapso...

São tantos os "fogos" para apagar, dentro e fora de portas, que por momentos me sinto quase que anestesiada perante o mundo em colapso.

Anestesiada perante a banca rota. A minha, a da minha região deprimida e principalmente do meu país.

Já não percebo quem é quem, quem está certo, quem está errado. Se a geração à rasca, se os outros que nos trouxeram até aqui. Se o Governo, se a oposição. Se quem manda é a Senhora Merkel ou se estamos mesmo à deriva...

Do outro lado do mundo milhares de pessoas sofrem pela perda dos seus entes queridos e do mundo tal como o conheciam. A sua vida foi literalmente levada por um maremoto. E ainda lhes adivinho o medo do Apocalipse nuclear...

Perante tamanha tragédia deveríamos serenar o nosso espírito...

Mas o que a vida me tem mostrado é que somos demasiado "nós", e nunca nos conseguimos separar das nossas pequenas tragédias pessoais...

À nossa escala...estamos no pior estado em que poderíamos estar.


quinta-feira, março 17, 2011

No Futuro será um morango...

O tempo ainda anda incerto e frio. Mas já se nota uma intensidade diferente no sol - quando este consegue escapar às nuvens!

Hoje a surpresa foi esta: flores a despontar nos vasos de morangueiros.
As alfaces estão lançadas e acho que há salada no fim do mês!

Na dispensa está uma caixa com meia dúzia de batatas com grelos, ando à procura do melhor recipiente para a nova experiência: plantar batatas.


quinta-feira, março 10, 2011

Vista geral da Horta no Terraço numa tarde de Março


1 - Caixa com sementeira de pepinos e tomates;

2 - Salsa;
3 - Coentros;
4 - Hortelã-menta;
5 - hortelã;
6 -Couve Bróculo;
7 - Alfaces Frisada;
8 - Morangueiros;
9 - Alface Roxa;
10 - Courgettes;
11 - Alecrim;

Novo inquilino no terraço II

Chegou o vaso de alecrim.

Segundo li o seu cheiro ajuda a afastar insectos das plantas da horta.

Sementeiras III - Tomates

Bem sei que mal se vê e que são apenas duas antenas tímidas que brotaram da terra ontem.

Mas apresente-vos a primeira semente a ter sucesso na minha "incubadora de sementes" improvisada com copos de plástico!

PJ Harvey - The Glorious Land

quarta-feira, março 09, 2011

Conversation 16

The National

segunda-feira, março 07, 2011

The Town (2010)


[first lines]
Doug MacRay: [narrating] Driver's name is Arthur Shea. Former Metro Police officer, fifty-seven years old. Soon as his partner leaves with the coal bag, Artie cracks a Herald, and he don't look up 'til the guy gets back. Marty Maguire. Cummins Armored courier. Five-ten, two-twenty, fifty-two years old. Picks up every Wednesday and Friday at exactly 8:12, makes a hundred and ten dollars a day, carries a Sig nine. And he's about to get robbed.

Filmes para as tardes de domingo.
Gostei!

A Primavera no meu Terraço


Há vida no vaso XXL - II

Afinal há ainda mais vida no vaso XXL e à primeira courgette já se juntou uma nova dupla de folhinhas verdejantes :)

domingo, março 06, 2011

sexta-feira, março 04, 2011

Há vida no vaso XXL

Estava já a duvidar da minha habilidade para sementeiras. Afinal já lá vão umas semanas e nada nascia no vaso XXL. Todos os dias deitava um olhar ansioso para lá e descia do terraço algo desapontada.

Mas hoje a manhã começou com esta surpresa. Duas pequenas folhas verdes a despontar no vaso.
Parece que vai haver courgettes!

quarta-feira, março 02, 2011

“António Ataíde e Rui Pato cantam Zeca Afonso” e “Canto de Coimbra” no próximo fim-de-semana em Portalegre


O canto de Coimbra e a música de Zeca Afonso descem de Coimbra até à cidade de Portalegre para dois concertos a não perder no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre.

Sex. 04 Março

António Ataíde e Rui Pato cantam Zeca Afonso

Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre
Pequeno Auditório

Inicio 21.30h

Preço Único 5 euros
M/4 anos

Quando José Afonso ouviu os primeiros acordes da sua viola terá dito:
“É ele que vai tocar comigo. É com ele que quero gravar as minhas músicas”.

O Zeca tinha regressado a Coimbra. Trazia na bagagem novas canções e uma imensa vontade de dizer algo de novo. Para trás deixava a sua marca no fado, mas conservava os amigos e as suas andarilhanças por uma Coimbra que nunca mais foi a mesma depois da sua passagem.
Em 1962, o país vivia momentos difíceis. Era um tempo de rupturas. A cidade afirmava-se contra a ditadura, clamando uma urgente vontade de mudança. José Afonso e Adriano Correia de Oliveira estavam na linha da frente de um combate, que fez da canção uma arma e um símbolo de esperança e liberdade. Rui Pato tinha 16 anos. E com a sua viola, ajudou-os a dar a volta ao texto.
Rui Pato regressa às canções de José Afonso. E “traz um amigo também”. António Ataíde, que vai cantar com ele e assim realizar um sonho “secreto” de criança, já que desde muito cedo ouvia o seu ídolo acompanhado pela guitarra mágica de Rui Pato.
Eu quero lá estar na primeira fila.

Manuel Alegre Portugal

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Sáb. 05 Março

Canto Coimbra


Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre
Grande Auditório
Canto Coimbra
Inicio 21.30h
Preço Único 8 euros
M/4 anos

Ricardo Dias – Director musical, Piano e Acordeão
Bruno Costa – Guitarra Portuguesa
Nuno Silva – Voz
António Ataíde – Voz
Luís Ferreirinha – Guitarra Clássica e Baixo electro-acústico
Nuno Botelho – Guitarra Clássica

O novo projecto “ Canto Coimbra” foi desenvolvido com o intuito de contribuir para uma melhor compreensão e divulgação de um dos géneros musicais mais autênticos e característicos da nossa região, do nosso Portugal – o Fado.
Recém-formado, este grupo conta com a colaboração de vários elementos que desenvolveram e contribuíram, ao longo de vários anos, para uma melhor representação artística e musical, tendo em conta as raízes do “Fado de Coimbra” e a visão futura de criar novas sonoridades adaptadas a novas e actuais tendências musicais.
No seu repertório, constam temas tradicionais e actuais, tendo alguns deles sido adaptados e reformulados, casando a guitarra portuguesa com outros instrumentos como o acordeão, o piano, o baixo acústico e a guitarra clássica.
Todos os elementos do grupo são parte integrante do “Coro dos Antigos Orfeonistas da Associação Académica de Coimbra”.

http://caeportalegre.blogspot.com/

http://www.myspace.com/cantocoimbra08

terça-feira, março 01, 2011

Sol de Março

Os últimos dias têm sido de sol e apesar da baixa de temperatura que as noites trazem já dá para ver o verde a ganhar força nos vasos.

Da geração à rasca ao Portugal real.

Tenho lido e ouvido as mais variadas coisas sobre a suposta guerra de gerações que circula por ai, nas redes sociais, nos jornais e nas mesas de café.

Tenho engolido em seco algumas afirmações da velha guarda, mas também me tenho envergonhado com algumas posições da “geração à Rasca”. Parece-me que o desespero tolda o bom senso e de ambas as partes têm surgido excessos.

Posso até perceber a revolta perante palavras como as que surgiram no Destak, mas também respeito, e muito, a liberdade de expressão porque os nossos pais lutaram há três décadas atrás.

Aceito que há quem não viva no mundo real e por isso faça leituras desfasadas daquilo que se passa bem debaixo do seu nariz. Acredito até, que no fundo, esse é o problema mais profundo da nossa sociedade. Sempre fomos geridos e guiados por pessoas que cresceram, estudaram e que continuam a viver num outro Portugal. Num Portugal ainda feito de feudos, de nomes de família, de motorista para os ir buscar à escola e de uma total ignorância perante o que se passa para além dos bairros cosmopolitas e tão primeiro mundo de Lisboa. Temos elites pobres de espírito, iletrados sobre o mundo que os rodeia.

Temos elites que não conhecem Portugal.

Que não sabem como se vive no interior ou nos bairros periféricos de Lisboa. Que não conhecem um Portugal de terras produtivas mas abandonadas ou das cidades pequenas e acolhedoras sem moradores. Que não sabem o que é morrer numa ambulância porque fecharam o hospital…

E conhecem menos ainda um Portugal com jovens que querem trabalhar, mas que o querem fazer fora dos grandes centros urbanos. E que nem estão à espera que alguém lhes dê emprego, criam coisas. Mas que se vêem a braços com uma carga fiscal impossível de aguentar, que têm de pagar IVA de facturas não recebidas e que imploram ao telefone para que as entidades lhes paguem serviços realizados há meses…no ano passado.

Compreendo as controvérsias dos recibos-verdes, do trabalho precário e da ilusão a que muitos de nós fomos induzidos ao terminar o ensino superior, ilusão que nos foi incutida pelos nossos pais, pelas escolas e pela sociedade em geral. E sei que não basta uma licenciatura para se saber fazer ou para merecer um lugar ao sol.

Mas não me venham falar de empreendedorismo, esse novo conceito que inventaram para culpabilizar todos aqueles que não encontraram uma saída no mercado de trabalho. Temos de ser empreendedores. Temos de ser pró-activos. Temos de procurar, oferecer, trabalhar por menos, quem sabe - e muitos de nós estamos nessa situação - pagar para trabalhar.

Porque meus senhores, eu pago para trabalhar. Pago a segurança social, mesmo que ninguém tenha tido a decência de pagar a ultima factura enviada.

Pago o IVA dessa factura. E se não o fizer no dia estipulado pago uma multa em cima.

Pago a luz, a Internet e a renda de um escritório, mesmo que não consiga encontrar trabalho para fazer.

Pago todos os dias o peso de ter sido empreendedora com os sonhos adiados, com a dependência dos pais, e com a frustração de não conseguir mais nem melhor, de falhar a cada dia que passa o objectivo de ser autónoma e financeiramente independente.

Algo está errado neste país. Não me venham dizer que é a Geração à Rasca que é mimada e não quer um trabalho mas sim um emprego…

Talvez seja a geração que sempre teve empregos em vez de trabalho que deva reavaliar as suas percepções do mundo, sair dos escritórios e ver o tanto de Portugal que há para ver, o tão grande potencial humano que é desperdiçado todos os dias, o tanto de terra que há para trabalhar. E tanta gente que só precisa de uma oportunidade.