terça-feira, outubro 23, 2007

José Gonzalez - Storm



A rodar neste momento cá por casa...

sexta-feira, outubro 19, 2007

“Às vezes o único som possível é o silêncio, é a única maneira de me conseguir ouvir…”

“Às vezes sinto-me como se fosse esquizofrénica, vivendo paralelamente em diversos mundos, conversando com diversas vozes, sentindo as coisas de formas diversas conforme a pessoa que vive em mim. È bom, a possibilidade de alheamento a cada momento, num abrir e fechar de olhos, navegando apenas dentro de mim. È terrível o choque com a realidade, a descoberta de que era bem mais fácil nunca sair desse outro mundo. Deve ser assim que as pessoas decidem nunca mais voltar do lado de lá, descobrem que a felicidade está dentro de nós e não no exterior… é só deixar cair a âncora que nos prende.”

Dos meus passeios por Portalegre e arredores sobressaíram três coisas:



1ª -Em Portalegre vendem-se muitas casas (a contar pelo numero que se encontra à venda)
2ª -Em Portalegre compram-se muitos carros (a contar pelo numero de lojas especializadas na zona industrial)
3ª-Em Portalegre não se produz quase nada (tendo em conta o numero de empresas de serviços, e o numero de industrias que residem na zona industrial)


Não percebo mesmo nada de economia, mas há coisas que são simplesmente senso comum, e parece-me que está a faltar qualquer coisa neste quadro.

Se se constroem tantas casas é porque se espera que a população aumente. Se existem tantos carros à venda é porque se espera que o poder de compra dos portalegrenses aumente, no entanto não havendo progressos na área do emprego e não se produzindo nada na região não há meio de fixar novas pessoas e muito menos meios de aumentar o poder de compra da população…

Alguém vai entrar na falência em breve. Digo eu, que no fim das contas não percebo nada disto!

O que mais me assusta é que este não é apenas o retrato de Portalegre, é sim a fotografia nítida do interior de todo um país cada vez mais deserto e a viver do sector terciário.
O sector público alimenta um certo número de pessoas que por sua vez alimenta o comércio que por sua vez ajuda a alimentar outras áreas do comércio. Uma cadeia frágil à mercê das ondulações do mercado, do aumento dos impostos e afins.

Se o país não é capaz de dar emprego à sua população, se ainda por cima menospreza grande parte do seu pequeno território e trabalha apenas com vista à grande metrópole, se não consegue criar bases para economias sustentáveis, parece-me a mim, que o facto de estarmos na União Europeia é apenas geográfico. Caminhamos muito mais facilmente para um modelo “terceiro-mundista”!

segunda-feira, outubro 15, 2007

Dois meses após deixar de fumar...

Faz hoje exactamente dois meses que deixei de fumar.
Pelas minhas contas poupei mais de 150 euros desde então em maços de tabaco.
Passei de um singela corrida de 5 minutos para uma média de meia hora sem parar.
Não engordei, pelo contrário, o estímulo pelo exercício físico permitiu-me a manutenção do peso e até mesmo uma modesta perda volume.
Por esta altura já me consegui livrar do vício das pastilhas elásticas e dos rebuçados em geral.
Não me dá vontade de fumar por ver os outros fumarem, para dizer a verdade torna-se cada vez mais incomodo frequentar locais cheios de fumo e voltar para casa mal cheirosa como quando ainda fumava. (mas pelo menos a minha almofada já não fica amarela devido à nicotina entranhada nos meus cabelos!)
Uma ou outra vez, após um jantar mais regado surge a real vontade de fumar um cigarro, mas ai respiro fundo, penso num dos muitos malefícios, numa das muitas razões porque deixei de fumar e principalmente nas coisas boas que já conquistei depois de o ter feito e esqueço esse vontade.
São só dois meses, é tão pouco tempo mas ao mesmo tempo parece uma verdadeira eternidade. Estávamos em pleno verão, estava em Lisboa, tanta coisa mudou desde então. Felizmente que sobrevivi ao stress, às mudanças, às noitadas e afins.

Dois meses sem fumar parecem-me agora uma nova vida!
Espero mesmo que seja para durar.

Rev. vince Anderson, water into wine

Um cheirinho daquilo que foi o festival de Blues este fim-de-semana no CAEP em Portalegre.

Este senhor apresentou-se sozinho em Portalegre, mas nem por isso deixou de fazer uma grande festa!

Muita animação, muita musica, e muitas dança!

Que se façam mais festivais assim.

Ana e as suas irmãs



[after learning Mickey is infertile]


Hannah: Could you have ruined yourself somehow?


Mickey: How could I ruin myself?


Hannah: I don't know. Excessive masturbation?


Mickey: You gonna start knockin' my hobbies?



Está lá tudo, a cidade, os locais comuns, os diálogos "pseudo-intelectuais" sobre tudo, a piadas inteligentes, as histórias perdidas entre homens e mulheres...


Um belissimo filme de Woody Allen.

sexta-feira, outubro 12, 2007


“- Não, hoje nada de bebidas, nem daquelas coisas, sabes, daquelas coisas que nos fazem sair simplesmente daqui.
Chato não é?
A realidade, assim, crua, assim despojada de qualquer artificio. Só, crua, disposta à nossa frente, pronta a mostrar-se cruelmente, prontinha a mostrar-nos que afinal, nada daquelas ilusões existe… São só imagens.
Maria, lembraste? Dos planos, sim dos planos que costumávamos fazer noite fora enquanto corríamos pelas estradas tentando evitar as poças de água?
Das coisas que eu inocente inventava, das histórias que te contava só para te impressionar? Era lindo esse teu sorriso incrédulo, esse teu ar assustado depois de uma história de vampiros.
Lembraste?
Talvez não, já lá vão tantos anos. O tempo é uma coisa fodida…
As pessoas ficam velhas, conheces alguém que depois destes anos não esteja mais gordo? Que raio, esta tendência a engordar, é assim Maria, é pelos quilos a mais nos outros que se contam os anos.
Tanto tempo passado, e eu ainda aqui a olhar para ti neste pedaço de papel inerte, velho surrado, e tu Maria?
Sempre assim, sempre teve de ser como tu quiseste, e nem tanto tempo depois deixas de te notar.
Sempre a rainha da festa, a noite sempre tua, sempre a mais bebida, sempre a pior, a melhor a ser a pior, sim, a melhor a ser a pior. O verdadeiro fascínio.
E ai aquela noite, céus desde aquela noite que não me largas, como um fantasma Maria. Porque? Sempre a afirmar a minha culpa, esta tua presença.
Não foi por mal, estávamos os dois daquela maneira, tu sabes. Sabes melhor que eu. O amigo do amigo que trouxe não sei de onde, muita maluqueira. Muita mistura, às tantas aquele nosso caminho já não era o nosso, e os pés deixaram de evitar as poças de água, e dançamos muito feitos loucos pela estrada.
Ò Maria, consigo ainda cheirar-te, sentir-te, ouço ainda a risada… Essa ultima risada, não voltaste a dar outra. Não foi minha culpa, achas que foi Maria?
Como poderia eu ver, como poderias tu adivinhar?! Que tu estavas ali, nos meus braços, pela primeira vez, tu deste-me o teu regaço, pela primeira vez dançávamos desnorteados, e cantavas e dançávamos e dávamos voltas e mais voltas e tu tropeçaste, e eu cai rebolei para a berma, mas tu não, gelaste, fascinada pelas estrelas que lá vinham, riste, achaste lindo, deixaste simplesmente que acontecesse, deixaste que ele te esmagasse, mataste-te, simplesmente mataste-te e deixaste-me aqui vivo, só para sentir a tua perda.

Tantos anos Maria, tantos fundos de copo depois. E continuas a assombrar-me…”

domingo, outubro 07, 2007

A Golpada


Programa de sábado á noite!
Sofá, caneca de chá e mais um belo filme.
È bom estar de volta a casa…

sábado, outubro 06, 2007

Estou de volta a casa.
Ao meu sofá, à minha rua, ao meu mundo.