quinta-feira, outubro 26, 2006
O tempo...
O tempo que passa e se esgota.
O raio das possibilidades que não se concretizam, aquelas possibilidades que nós queríamos mesmo que fossem realidades…
E o tempo passa e esgota-se…
Publicada por Angie Mendes à(s) 7:35 da tarde 3 comentários
terça-feira, outubro 24, 2006
Smoke
"Auggie Wren: If you can't share your secrets with your friends then what kind of friend are you?
Paul Benjamin: Exactly... life just wouldn't be worth living. "
Fiquei-me até às quatro da manha a vê-lo (isto de ver filmes na televisão têm que se lhe diga), fui ficando. Porque o filme à sua maneira é muito bonito, sem muitos sobressaltos, nem suspense, nem acção, nem sequer romance. O filme é apenas uma história feita de outras pequenas histórias que discorre em forma de imagens, como pequenas fotografias da vida diária das pessoas. Tudo isto numa esquina, que tem uma tabacaria, onde se juntam os fumadores e se conversa sobre o mundo, e o mundo pode ser vasto, ou pode ser só o mundo daquela rua.
Sempre de cigarro, sempre por entre o fumo…
Publicada por Angie Mendes à(s) 6:14 da tarde 0 comentários
segunda-feira, outubro 23, 2006
domingo, outubro 22, 2006
Mostra de Cinema Western
Vai ter início no dia 25 de Outubro um Ciclo de Cinema dedicado à temática do Western, que terá lugar no Pequeno Auditório do Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, todas as quartas e sextas-feiras pelas 21h30m e que irá decorrer até ao dia 22 de Novembro. A mostra começará com o clássico A Desaparecida, de 1956, e percorrerá, de forma cronológica ao longo de cinco semanas, alguns dos maiores clássicos do género.Este é um evento promovido pela Associação Cultural Prometeu e conta com o apoio do Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre.
Associação Prometeu Apresenta Mostra de Cinema Western
25 Outubro a 22 Novembro Quartas e Sextas 21:30 Horas
Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre Pequeno Auditório
25 Outubro (4ª Feira) – A Desaparecida [1956] (The Searchers) Real: John Ford Com: John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood
27 Outubro (6ª Feira) – Rio Bravo [1959] Real: Howard Hawks Com: John Wayne, Dean Martin, Angie Dickinson
1 Novembro(4ª Feira) – O Homem Que Matou Liberty Valance [1962] (The Man Who Shot Liberty Valance) Real: John Ford Com: John Wayne, James Stewart, Vera Miles, Lee Marvin
3 Novembro (6ª Feira) –O Bom, O Mau e o Vilão [1966] (The Good, the Bad and the Ugly) Real: Sérgio Leone Com: Clint Eastwood, Eli Wallach, Lee Van Cleef
8 Novembro (4ª Feira ) –Era uma vez no Oeste [1968] (Once Upon a Time in the West) Real: Sérgio Leone Com: Henry Fonda, Cláudia Cardinale, Jason Robards, Charles Bronson
10 Novembro (6ª Feira) –A Quadrilha Selvagem [1969] (The Wild Bunch) Real: Sam Peckinpah Com: William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O´Brien, Ben Johnson
15 Novembro (4ª Feira) –Aguenta-te, Canalha! [1971] (A Fistful Of Dynamite) Real: Sérgio Leone Com: James Coburn, Rod Steiger, Maria Monti
17 Novembro (6ª Feira) –Imperdoável [1992] (Unforgiven) Real: Clint Eastwood Com: Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Frances Fisher, Richard Harris
22 Novembro (4ª Feira) – 800 Balas [2002] Real: Álex de la Iglesia Com: Sancho Gracia, Ángel de Andrés López, Carmen Maura
www.associacaoprometeu.blogspot.com
Publicada por Angie Mendes à(s) 8:50 da tarde 1 comentários
Prison Break
Já me estou aqui a contorcer por ainda não ter ao meu dispor a segunda série e logo agora que está mais interessante que nunca.
A empatia, ou a falta dela, que sinto pelas personagens chega a ser constrangedora. Se por umas sinto um “atracção” quase misericordiosa por outras sinto uma repulsa que chega ao nojo e depois o retrato da prisão, não podia ser pior do que aquilo.
Há certas cenas que me perturbaram bastante, no entanto o suspense sempre presente, os revés constantes no plano de fuga, a trama que começa a emergir, fora da prisão, paralela à grande fuga, os pequenos pormenores e o grande argumento deixaram-me “presa” a ela.
Os primeiros episódios aborreceram-me um bocadito, ou não fosse eu uma céptica com tudo o que é novo, e foram vistos a custo e com grandes intervalos de tempo. Os últimos consumi-os nas últimas 24horas…
Muito bom mesmo…
Alguém tem por ai a segunda série?
Publicada por Angie Mendes à(s) 8:47 da tarde 0 comentários
terça-feira, outubro 17, 2006
Portalegre
Depois de um dia de intensa chuva Portalegre estava lavada, brilhante. Aquele cheiro de coisas pelo ar, de castanhas assadas no Rossio, de folhas molhadas caídas na terra na corredora, de vento vindo da Penha na rua que vai do Rossio para o Semeador.
Cheiros juntos, cheiro a Portalegre.
Tudo um fascínio, este meu fascínio por esta terra, por estes cheiros, pela certeza que nasci noutro lado, mas devia ter nascido aqui.
Portalegre é linda, na sua ruralidade, na sua urbanidade, no seu lugar no sopé da serra como soberana da planície…
Publicada por Angie Mendes à(s) 11:23 da tarde 3 comentários
segunda-feira, outubro 16, 2006
Fim-de-semana
Nada como um dia cheio de sol passado lá para os lados do campo, com boa companhia, copos quanto baste e uma boa sessão de Trivial para descontrair a mente e proporcionar bons momentos cheios de gargalhadas!!
Publicada por Angie Mendes à(s) 7:02 da tarde 2 comentários
quinta-feira, outubro 12, 2006
Voo 93
Em 11 de setembro de 2001 o vôo 93 da United Airlines é sequestrado por terroristas, que têm por objetivo abatê-lo junto a algum símbolo norte-americano. Durante 90 minutos o avião permanece no ar, sendo que neste período os passageiros decidem reagir para evitar que os planos terroristas sejam concluídos.
Ficha Técnica
Título Original: United 93 Gênero: Drama
Tempo de Duração: 111 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estúdio: Universal Pictures / Working Title Films / Studio Canal / Sidney Kimmel Entertainment Distribuição: Universal Pictures / UIP / Buena Vista International
Direção: Paul Greengrass
Roteiro: Paul Greengrass
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner e Lloyd Levin
As interpretações são na sua maior parte inconsistentes e as personagens vazias de conteúdo.
Acrescente-se um argumento que explora uma tensão dramática de personagens que não conhecemos e dos seus familiares que chega a ser irrealista.
A mim parece-me que na tentativa de explorar um evento do 11 de Setembro foram descuradas outras partes muito importantes, queria-se um filme enquanto obra de arte e não enquanto comentário cru de factos que ainda por cima se apresentam inconsistentes.
Publicada por Angie Mendes à(s) 11:15 da manhã 1 comentários
terça-feira, outubro 10, 2006
Coisas que eu vejo na net!!!
Vi isto noutro blog e resolvi brincar, como não tinha mais nada à mão aí vão alguns filmes que eu gostei bastante de ver...
Publicada por Angie Mendes à(s) 5:51 da tarde 0 comentários
segunda-feira, outubro 09, 2006
Velvet Goldmine
Realizador: Todd Haynes
Intérpretes: Ewan McGregor, Jonathan Rhys-Meyers, Christian Bale, Toni Collette, Eddie Izzard, Emily Woof, Michael Feast, Janet McTeer
Grã-Bretanha/EUA, 1998
Estreia: 28 de Maio de 1999
«Velvet Goldmine» é a homenagem nostálgica e agridoce do americano Todd Haynes ao «glam rock», fenómeno essencialmente britânico, e que o realizador interpreta não só em termos sociais (foi a via de emancipação individual de uma nova geração), musicais (foi uma reacção alérgica à agonia do psicadelismo e do «flower power») e de estética pop (foi a era do exibicionismo extravagante e espampanante, em palco e fora dele), como também sexuais. Eurico de Barros
Tudo me escapa desta época, desde a estética das coisas mais banais à necessidade quase sufocante que existia nas pessoas de chocar.
Pelo que me contou este filme havia uma necessidade de criar um colapso social capaz de deitar abaixo as barreiras. O de transformar aquilo que existia fechado dentro dos armários privados em normalidade. Penso que a sexualidade das pessoas (ou a homossexualidade) nunca foi tão explorada, tão difundida e mesmo enaltecidas como na época do tal Glam Rock.
Tanta cor, tanta exuberância, tanto excesso, tanta musica num filme que nos distancia da realidade, numa história que conta a ascensão e o declino de uma forma de viver e de estar que se auto-destruiu na sua impossibilidade de permanecer dentro dos padrões de vida da sociedade. Eram utopias o que se vivia, assim eram utopias o flour power.
Às vezes pergunto-me o que se passará connosco hoje em dia. Perdeu-se, não existe mais a necessidade de quebrar barreiras porque todas elas já foram quebradas.
Hoje não as questões politicas são abertas, vivemos no centro e isso não exige grandes rebeliões, a sexualidade é largamente difundida hoje não se discute se ser homossexual é anti-natura ou não, hoje discutimos se os homossexuais podem ou não adoptar crianças.
Dantes lutava-se por liberdade, por questões ideológicas, por paz. Às vezes penso: não se vive agora uma época de vazio ideológico? Sabem agora os jovens porque lutar?
As coisas que os filmes me levam a pensar…
Publicada por Angie Mendes à(s) 4:38 da tarde 0 comentários
quarta-feira, outubro 04, 2006
Dia do animal
Porque hoje é o dia do animal não posso deixar de por aqui a coisa mais linda que tenho em casa.
A Miss Mia Wallace, gatinha mimadinha, fofinha que é o primeiro ser vivo a dar-me o bom dia pela manha e que nunca se esquece de pedir a festinha de boa noite.
Só por essas pequenas coisas ignoro todo o trabalho que a menina me dá. Porque sinto que mais que um animal de estimação a minha Mia é mesmo minha amiga (e como todos os amigos de vez enquando também morde e arranha, ehehe), e é a gatinha mais fofa que eu conheço.
Não é linda?
Publicada por Angie Mendes à(s) 12:45 da tarde 3 comentários
Coração Selvagem
Gênero: Drama
Ano de Lançamento (EUA): 1990
Estúdio: PolyGram Filmed Entertainment / Propaganda Films
Distribuição: Samuel Goldwyn
Em que tudo tem um ar abstracto, circense. Em que as pessoas e os objectos são puras alusões a um mundo imaginário, cruel digno de um filme terror, mas ao mesmo tempo muito longe disso. A exuberância visual nos filmes de Lynch fazem com que as suas personagens horrendas o não sejam, os coxos, os anões, as mulheres desvairadas, as fantasias. Tudo surge com a única intenção de dar cor e vida a uma simples história de amor.
Mas as personagens no imaginário de Lynch são sempre mais que meras pessoas, elas atingem sempre uma profundidade diferente, têm sempre algo mais para nos dizer.
Assim tinham as personagens de Mulholland drive ou as de Twin Peaks. Existe sempre um mundo paralelo e que me impressiona. Mais do que fazer filmes que mexem em pequenos segredos do quotidiano, David Lynch remexe constantemente naquele lado obscuro da nossa mente, sussurra-nos ao ouvido que em todos existe um pouco de loucura. Deixa-nos pistas aqui e ali daquilo que é para ele a moral da história, que é implícita e nunca linear.
Um filme muito estranho (e outra coisa não se poderia esperar de Lynch), muito bom que nos conta uma história de amor, só que de maneira diferente, desvairada, vivida ao longo de uma estrada em dias de fuga na procura da liberdade. È um amor selvagem.
Publicada por Angie Mendes à(s) 11:45 da manhã 0 comentários
domingo, outubro 01, 2006
O tempo que passa....
O tempo que passo sozinha ao volante pelas planícies deste meu Alentejo… O tempo que me foge constantemente das mãos.
E depois fica sempre este gostinho agridoce na boca, esta sensação de que ficou a faltar qualquer coisa, esta tristeza de querer mais, mais tempo lá. Esta certeza de que esse tempo não vai chegar, porque já passou, já passou o tempo de lá estar.
Nunca me sinto contente, nunca estou bem. Esta maneira de viver lá e cá e depois além, esta coisa que me fica sempre no pensamento, a minha vida que pára constantemente em algum ponto para depois ser retomada. A falta de continuidade. Os flashs, os quadros, como fotos de momentos que congelo no tempo, para depois descongelar e continuar a viver. Desde sempre, desde criança, desde que imaginava a vida, as vidas que eu poderia viver. E vivia muitas, todas diferentes complexas acabadas nos meus sonhos infantis. Neles corri o mundo, neles o meu tempo sempre chegava, o mimo da minha mãe era sempre suficiente e eu, eu vivia sempre a maior das seguranças.
Agora o tempo já não chega, já não sonho, já não viajo tanto por dentro de mim…
Hoje sinto falta de ser criança, de abraçar a minha mãe, de ter medo do escuro.
Sinto que se desprende essa parte de mim. Sinto que a perco a cada minuto que passa...
Será isso mau? Crescer não haverá de ser mau… não devia ser.
Publicada por Angie Mendes à(s) 10:58 da tarde 1 comentários